Política

Nicoletti afirmou que há políticos que articulam contra enquadramento

O programa Agenda da Semana deste domingo, 6, apresentado pelo economista Getúlio Cruz, entrevistou o deputado federal Nicoletti do partido União Brasil.

Um dos temas mais polêmicos da entrevista foi a questão do enquadramento dos servidores do ex-território. Ao ser questionado sobre o assunto, Nicoletti afirmou que existem políticos que articulam contra o enquadramento. 

“Os problemas de Roraima muitas vezes não são resolvidos por conta dos representantes políticos. Temos 8 deputados federais e 2 senadores que precisam se unir e buscar resposta do presidente. É importante a população estar atenta. É preciso que resolva a vida da população de Roraima, promessas do governo federal na última campanha e não foram resolvidas”, disse.

Nicoletti destacou que a política do toma lá e dá cá ainda se mantem em Roraima.

“O enquadramento dos ex-servidores está sendo travado por pessoas de Roraima, que não estão mais na política e que tentam travar para poder dizer depois: não está resolvendo, quando eu voltar vou resolver. São forças ocultas que trocam pessoas de comissão, foi se criando um curral eleitoral, em duas legislaturas passadas e hoje a gente luta para isso acabar”.

Eleições em Roraima

Sobre as eleições em Roraima, Nicoletti falou que as negociações dos partidos estão avançando, mas que não tem nada definido ainda.

“Hoje somos 8 deputados federais e cada um só pensa individualmente em seu umbigo, a gente não consegue legalizar o garimpo, o linhão e a fronteira então são pautas do Norte que somos órfãos pois somos sozinhos e a gente não sente com pessoas do lado para fazer isso, então estamos avaliando muito bem os pré-candidatos para que possamos ter uma bancada forte em Brasília. A política é algo sério e a pessoa tem que entender e ter capacidade para saber o que fazer pois não é fácil. Os deputados Jorge Everton e Catarina Guerra são alguns deputados que tem feito grande trabalho na Assembleia e preciso ter nomes que pautem nas ideologias com União Brasil”

Apoio a Denarium

Nicoletti falou que sobre seu apoio a Antonio Denarium após ter chegado a pedir o impeachment do governo está baseado em ideologias parecidas.

“Estamos alinhados com pautas voltadas aos valores da família, alinhados com Bolsonaro, ao agronegócio, o desenvolvimento do estado tem crescido e a mineração sustentável, a valorização da família e ao conservadorismo. Vejo que o governo tentou melhorar em questões importantes para Roraima e na época foi comprovado na Justiça que o governador não tinha culpa. Minha competência foi provocar e eu fiz isso. É muito importante destravar e desburocratizar a questão econômica do Estado. São pautas alinhadas com governo do Estado que o partido defende. Então o alinhamento está com Denarium”.

Partido União Brasil

Sobre a regularização do partido União Brasil, criado a partir da fundação do DEM com o PSL, Nicoletti disse que em relação a pendências burocráticas para a consolidação do partido, falta apenas o CNPJ e abrir as novas contas para que o partido comece legalmente receber o fundo partidário.

“Hoje o União Brasil tem 78 deputados federais e a janela partidária está aberta. Temos a expectativa que o partido fique com 75 a 80 deputados para concorrer este ano eleitoral. A nova lei eleitoral dificultou a eleição de deputados e sabemos que alguns vão sair por conta disso. Mas vamos montar chapa interna com 9 candidatos, sendo 3 mulheres e 6 homens, o que dificulta a montagem da chapa” 

Apoio a Bolsonaro

Em relação a posição do partido nas eleições 2022, A União Brasil descartou a criação da federação e o que pode acontecer é haver uma coligação majoritário para presidência da República. 

“Precisamos fortalecer a sigla e não tem nada definido quem apoiar, apenas que não vamos apoiar a esquerda. Somos um partido que luta pela liberdade e vamos liberar os estados para apoiar seus candidatos. Somos um partido que manteve as ideologias de direita e a tendência do deputado Nicoletti é pedir votos para o presidente Bolsonaro, mesmo tendo minhas críticas em relação a questão do garimpo e a migração venezuelana”

Sobre a possível coligação com Sergio Moro, Nicoletti afirmou que foi descartado o apoio a uma terceira via.

“Esfriou a relação com Sérgio Moro, pois ele não está agregando grupos de outros partidos e não tem estrutura para andar. O partido pode lançar candidato próprio e a nossa prioridade é fazer bancada forte de deputados e o partido deu liberdade aos estados e a tendência é liberar para ver o que fica melhor nas regionais”, completou.