Política

Operação Lava Jato cumpre mandado de prisão contra Márcio Junqueira

Publicada às 7h43; Matéria atualizada às 10h41

Um mandado de prisão preventiva, que faz parte de mais um desdobramento da Operação Lava-Jato, deflagrado hoje (24) pela Polícia Federal, está sendo cumprido contra o ex-deputado federal Márcio Junquira. O setor de comunicação da PF em Brasília informou que os detalhes da operação serão divulgados ainda na manhã desta terça-feira (24). 

A operação está sendo realizada juntamente com a Procuradoria-Geral da República (PGR) e cumpre também dois mandados de busca e apreensão nas casas e nos gabinetes do deputado Eduardo da Fonte (PP/PE) e do senador Ciro Nogueira (PP/PI). O deputado Eduardo é ex-líder do PP na Câmara.

Os mandados foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato. A investigação é sobre tentativa de obstrução de justiça e os alvos são parlamentares do Partido Progressista. A segurança do Senado interditou o corredor que dá acesso ao gabinete de Ciro Nogueira, que não foi encontrado porque está em Portugal com a família.

Na quinta-feira, Fachin, relator dos processos da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), mandou arquivar uma investigação contra deputados do PP — parte de um inquérito que investigava um repasse de R$ 2,7 milhões a seis deputados do partido, incluindo o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (da Paraíba).

O inquérito investiga supostos pagamentos da empreiteira Queiroz Galvão a membros do partido, originado a partir da Lava-Jato. E trata de duas situações diferentes.

O pedido de Dodge diz respeito apenas ao primeiro episódio: o suposto pagamento feito nas eleições de 2010. O outro fato investigado é a suspeita de realização de um contrato fictício em 2011, no qual não houve arquivamento. Aguinaldo Ribeiro e Eduardo da Fonte continuaram a ser investigados nesse caso, ao lado do senador Ciro Nogueira (PI) e do deputado Arthur Lira (AL).

Em relação a esse segundo episódio, a procuradora-geral considerou que a investigação precisa continuar, e pediu para que ela seja prorrogada por 60 dias. Fachin atendeu o pedido.

Com informações de O Globo