Política

Pagamento do PCCR vai fomentar economia de Roraima, diz governo

 Serão injetados R$ 20 milhões na economia, com pagamentos para 492 servidores da Aderr, Femarh, Iteraima, IACTI e Uerr a partir de janeiro de 2020

Após quase um ano de espera, 492 servidores do Estado serão contemplados com o pagamento da primeira parcela do PCCR (Plano de Cargos, Carreira e Remuneração) a partir de janeiro de 2020. O anúncio feito pelo governador Antonio Denarium ocorreu na quinta-feira, 31, no Palácio Senador Hélio Campos.

“Continuamos estudando formas, ajustando as contas e aumentando a arrecadação para que possamos contemplar também os servidores da Administração Direta, que aguardam há anos esse benefício. Nosso esforço será para garantir o direito dos servidores, que são a força do governo”, frisou Denarium.

Serão pagos R$ 20 milhões para 187 servidores da Aderr (Agência de Defesa Agropecuária de Roraima), 62 da Femarh (Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos), 94 do Iteraima (Instituto de Terras e Colonização de Roraima), 16 do IACTI (Instituto de Amparo à Ciência, Tecnologia e Inovação). Nesse conjunto estão os 133 servidores do quadro administrativo da Uerr (Universidade Estadual de Roraima), que vão receber a segunda parcela do benefício que, para eles, começou a ser pago no início deste ano.

O presidente da Aderr, – órgão da administração indireta com maior número de servidores beneficiados – Gelb Platão, pontuou que este pagamento trata benefícios de uma forma geral: tanto para os servidores quanto para o Estado.

“Isso vai corrigir uma inconsistência no salário deles e notamos que um servidor mais motivado qualifica a prestação de serviço, rende mais e faz seu trabalho com mais satisfação. Eles recebem o que lhes é de direito e esse valor acaba sendo revertido na economia do Estado de Roraima”, disse.

Quem concorda com ele é o economista e coordenador de Estudos Econômicos e Sociais da Seplan (Secretaria de Desenvolvimento e Planejamento), Fábio Martinez. Ele explica que os R$ 20 milhões injetados na economia do Estado poderão fomentar o setor de construção civil, agropecuário e a venda de veículos.

“Um servidor que tem o aumento do seu salário acaba gastando boa parte no comércio local. Geralmente ele vai querer fazer uma reforma na casa, consome mais itens do setor agropecuário e faz a troca do meio de locomoção por um novo”, exemplificou.

Outra forma de fazer circular mais dinheiro na economia é que as empresas precisarão contratar mais pessoas para atender o aumento da demanda.

“Esse impacto pode gerar novos empregos, porque serão R$ 20 milhões a mais que vão circular na economia do estado e esse aumento de consumo vai acabar fazendo que os empresários contratem mais funcionários”, disse.

Essa ação gera o chamado Círculo Virtuoso: “Esse aumento de dinheiro circulando acaba alavancando outros setores, inicia uma necessidade de empregar mais pessoas que, por sua vez, também ganharão dinheiro e gastarão no comércio”, acrescentou.

SERVIDORES – De acordo com o técnico em fiscalização agropecuária da Aderr, Wellington Amorim, o pagamento do PCRR era um anseio de todos os servidores.

“Agora as expectativas são para outras progressões. Sabemos da dificuldade financeira do Estado e vemos este pagamento como uma valorização para todos os servidores”, frisou.

A economista do Iteraima, Deniele Quara, compartilha do mesmo pensamento do Wellington. Ela diz que o pagamento da primeira parcela do Plano é a materialização de um sonho.

“É uma expectativa que a gente gerou há muitos anos. Como economista, sei que a situação financeira do estado é difícil e sinto que esse governo é mais responsável para resolver a questão”, expressou.