Vários países da Europa, entre eles Alemanha, Espanha, França e Reino Unido, anunciaram nesta segunda-feira, 4, que reconhecem Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, como o presidente interino do país, encarregado de convocar novas eleições.
O primeiro a se manifestar sobre o assunto foi o ministro de Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, que reafirmou em entrevista a rede francesa de TV Inter que o país reconhece o esforço de Guaidó no restabelecimento da democracia na Venezuela.
“Consideramos que o presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, cuja legitimidade é perfeitamente reconhecida, está habilitado para convocar eleições presidenciais”, afirmou.
Por meio de uma rede social, o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Jeremy Hunt, lembrou que Nocolás Maduro não respeitou o prazo estipulado pela União Europeia em convocar novas eleições.
“Nicolás Maduro não organizou eleições presidenciais no prazo de oito dias que nós fixamos. Por isso, o Reino Unido e os seus aliados reconhecem a partir de agora, Guaidó como presidente constitucional interino até que possam ser organizadas eleições credíveis”, escreveu Hunt.
Além de Alemanha, Espanha, França e Reino Unido, outros países também já se manifestaram apoio ao presidente interino, sendo eles: Áustria, Bélgica, Dinamarca Finlândia, Holanda, Letônia, Lituânia e Suécia. O reconhecimento é uma articulação diplomática independente dos países, uma vez que não foi alcançado um consenso no âmbito da União Europeia para uma resposta conjunta à crise venezuelana.
“Nesta situação, apoiamos e consideramos Guaidó como o presidente interino legítimo”, disse a ministra do Exterior da Suécia, Margot Wallström.
Na contramão dos países europeus, Rússia, México e Uruguai são a favor de uma mediação para o conflito. “Lamentavelmente, desde a Europa e não desde a América Latina se impõe agora um formato de mediação internacional”, lembrou o ministro russo do Exterior, Serguei Lavrov.
*INFORMAÇÕES: Agência Brasil.