A implantação das fiscalizações eletrônicas de trânsito na Capital foi motivo de apuração para identificar se os ‘pardais’ foram colocados em locais efetivamente adequados. No caso, o levantamento foi executado pelo vereador Professor Linoberg (Rede).
Em entrevista ao programa Agenda Parlamentar na Rádio Folha 100.3 FM no último sábado, 01, o vereador afirmou que tem realizado um levantamento junto ao seu gabinete para averiguar os números e estatísticas de acidentes, inclusive aqueles com vítimas fatais.
Conforme o parlamentar, o levantamento apontou que os ‘pardais’ não estão nos locais com maior índices de colisão de veículos.
“A gente foi estudar os dados, os números mostram. Os pardais não estão nos locais que vão salvar vidas. Tem vários pontos da cidade onde tem pardal e não teve acidente. Local de acidente é na Horácio Mardel, no bairro Asa Branca”, declarou Linoberg.
O vereador ressaltou ainda que não é contra a instalação de pardais na cidade, contando que sejam instalados de forma correta. “Ele pode existir desde que ele não seja uma arapuca”, afirmou.
Outro ponto levantado pelo vereador é com relação às sinalizações em trechos de vias federais, que precisam de anuência do Departamento Nacional de Infraestrutura e Trânsito (DNIT).
“Colocar um pardal na esquina da Avenida Venezuela com a Ataíde Teive e a Mário Homem de Melo sem fazer convênio com o DNIT em rodovia federal é ilegal. Quer salvar vidas ou manter-se na ilegalidade?”, questionou.
Além disso, o parlamentar municipal frisou da importância das sinalizações aos condutores e das fiscalizações implantadas nos semáforos da Capital que, a seu ver, executam o papel de inibir irregularidades no trânsito.
“As pessoas têm morrido no trânsito de Boa Vista, mas elas morrem por falta de sinalização. Falta faixa de retenção, placa de ‘pare’ no lugar certo. Por falta de valorizar os agentes de trânsito dessa cidade”, argumentou. “Os pardais semafóricos tem um exercício importante, eles evitam que as pessoas cruzem o sinal vermelho. Só que eles também precisam se legalidade”, completou.
Por fim, o parlamentar informou que o levantamento deve ser divulgado em breve nas redes sociais para acesso da população com os 50 pontos com maior número de acidentes na Capital.
Prefeitura diz ter segurança do procedimento adotado
A Folha entrou em contato com a Prefeitura de Boa Vista (PMBV) para saber se a administração municipal gostaria de se posicionar sobre o assunto. Em nota, a Prefeitura de Boa Vista declarou que é um órgão oficial e como instituição possui acesso à informações consideradas oficiais.
Acrescentou que compete à Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Trânsito a avaliação, análise, elaboração e controle dos dados referente ao trânsito de Boa Vista, conforme previsto no Art.2º e Art.8º da Lei nº 916, de 27 de outubro de 2016 e que também monitora e acompanha as estatísticas das demais instituições de trânsito.
“Toda melhoria do trânsito é feita com base em estudos técnicos. Esses dados levam em consideração todo um conjunto de variáveis que envolve o trânsito, e a partir disso, são tomadas as providências necessárias, que vão desde a educação no trânsito, melhoria do pavimento, fechamento de retornos, implantação de sinalização adequada, seja horizontal, vertical ou semafórica, e fiscalização eletrônica. Qualquer análise isolada desses contextos, não revela a necessidade real dos fatos”, ressaltou a Prefeitura.
Por fim, a PMBV reforça ainda que todos os equipamentos foram instalados dentro de toda legalidade e transparência, atendendo as exigências do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e que “passará informações a quem e qualquer órgão que solicitar formalmente, pois tem segurança do procedimento adotado”. (P.C.)