Durante a votação dos projetos de lei para reajuste dos salários dos servidores efetivos do Poder Legislativo e do Ministério Público de Roraima, nessa terça-feira (24), os deputados Nilton Sindpol (Patri) e Jorge Everton (MDB), pediram mais atenção do Governo do Estado aos vencimentos dos servidores do Poder Executivo.
Policial Civil de carreira, o deputado Nilton Sindpol falou que apoia as revisões anuais por ser constitucional. Porém, desde 2016 que as revisões anuais não ocorrem para as classes do quadro efetivo do Governo do Estado. “Nós também temos esse direito em ter a revisão anual. Muitos não sabem, mas a revisão serve para compensar a inflação do ano anterior”, explicou o parlamentar ao complementar que a cada ano, os servidores perdem cerca de 10% do seu direito.
“Então a gente sensibiliza, apela para que o Líder do Governo, [deputado Soldado Sampaio (PcdoB)], para que possa olhar com todo carinho para os servidores. Nós também temos esse direito da revisão geral anual para compensar a inflação, mas desde o ano de 2016 que os servidores públicos do Poder Executivo não têm a revisão. Isso já dá mais de 10% de perdas. Nós pedimos que os servidores estaduais tivessem também essa atenção”, complementou o deputado Nilton do Sindpol (PC do B).
Na mesma linha, o deputado Jorge Everton (MDB) reforçou a intermediação do diálogo, através do Líder governista na Casa, deputado Soldado Sampaio (PC do B), que converse com o governador Antonio Denarium (PSL) sobre a revisão dos servidores estaduais. “Sabemos que a dificuldade é grande, mas acredito na sensibilidade do governador e conte comigo para buscarmos isso”, explicando que vê os outros Poderes e instituições concederem reajustes, enquanto os do quadro estadual ficam sem este direito.
OUTRO LADO – A reportagem da Folha procurou o Governo de Roraima que informou que reconhece a necessidade de valorização do servidor público, “mas entende que ajuste salarial depende de previsão orçamentária, o que não ocorreu na Lei Orçamentária Anual.”
O Governo explicou ainda que está analisando a forma de conceder o benefício aos servidores, que não são contemplados com o reajuste desde 2016.
“O Governo segue trabalhando para equilibrar as contas públicas, combatendo excessos e eliminando desperdícios, buscando alternativas para aumentar as receitas, por meio da atração de novos investimentos, e com isso o acréscimo à arrecadação, fazendo girar a roda da economia, com objetivo de mudar a matriz econômica do Estado”.