Política

Parlamentares falam em unificar forças para tratar da migração

Audiência trata dos impactos da migração de venezuelanos em Roraima

A manhã desta terça-feira, dia 16, foi marcada pela realização de audiência para tratar dos impactos da migração de venezuelanos em Roraima. Realizada na sala de reuniões da presidência da Câmara Municipal de Boa Vista (CMBV), a ação contou com a presença de membros da comissão que analisa o tema na Casa, do governador Antônio Denarium e do presidente da Comissão de Impacto Migratório da Câmara dos Deputados, Antônio Nicoletti.

“Esse tema é muito recorrente aqui na Câmara Municipal e sabemos que esses problemas não são de atribuição da prefeita ou do governador, mas sim de todos nós, quem temos sofrido com o impacto da imigração de venezuelanos. A capital é sem dúvida a mais castigada com isso, que já sofre com um orçamento congelado e que não tem mais onde mexer para garantir atendimentos diversos tanto para essa população, quanto para suprir a demanda dos roraimenses”, destacou o vereador Ítalo Otávio.

Recentemente, um grupo de vereadores esteve em Brasília para apresentar levantamentos sobre as problemáticas vivenciadas por Boa Vista, que juntamente com Pacaraima concentra a maior parte da sobrecarga nos serviços voltados para o bem estar da população.

“O motivo da nossa ida para lá foi para conversar com ministros, deputados e senadores,  trazer resultados e unir formas com aqueles que querem o bem do nosso município em Brasília. Existe uma comissão sobre o tema na Casa Civil e é ela que decide os parâmetros da Operação Acolhida. O que nós queremos é que os atendimentos de saúde sejam feito nos abrigos, que os locais de acolhimento dentro da cidade saiam do perímetro urbano, para estancar as favelas que estão se formando na nossa capital e, obviamente, queremos recursos para saúde, educação e segurança do município”, completou Otávio.

Para o governador Antônio Denarium, o encontro foi oportuno, uma vez que através dele os gestores poderão levantar as demandas do Estado para que a União tenha conhecimento dos impactos da migração venezuelana na vida da população.

“Hoje, nós temos em torno de 300 venezuelanos no sistema prisional, aproximadamente 40% dos leitos dos nossos hospitais estão sendo ocupados por estrangeiros, e na educação nós temos 7 mil alunos matriculados na rede estadual de ensino. Esse impacto é muito grande na nossa economia e nós precisamos estarmos juntos, deputados, senadores, vereadores e prefeitos, para levantar essa situação e juntos cobrar do Governo Federal a realização de ações que beneficie a população que está com os seus serviços deficitários”, ressaltou.

A matéria completa você confere na Folha Impressa desta quarta-feira, dia 17.

Colaboraram os repórteres Antônio Sousa e Paola Carvalho.