Planilhas apreendidas pela Polícia Federal (PF) na sede da empreiteira Camargo Correa, em São Paulo, contêm nomes de políticos ao lado de valores em dólares e de obras de infraestrutura estimadas também na moeda estrangeira.
Em uma das tabelas, constam nomes de deputados, senadores e prefeitos. A PF não faz nenhuma análise sobre o documento porque os políticos mencionados detêm foro privilegiado perante os tribunais superiores – no caso dos parlamentares, o Supremo Tribunal Federal (STF) detém competência exclusiva para abrir investigação. Sem autorização da Corte, a PF não pode investigar deputado nem senador.
A PF apenas juntou aos autos da Operação Lava Jato o documento apreendido na empreiteira, que é alvo da investigação por suspeita de ter integrado o cartel que assumiu o controle dos maiores contratos da Petrobrás.
Não há nenhuma menção nas planilhas encontradas na empreiteira a um suposto caixa 2 ou pagamento de propinas. São nomes lançados ao lado de valores.
Na apreensão, a PF também encontrou planilhas que apontam doações que teriam sido feitas pela empresa a políticos do PT, PSDB, PMDB, DEM, PDT e PT nas eleições de 2012.
Os nomes dos políticos aparecem em tabelas, organizadas por partidos. Os políticos citados nas planilhas vem acompanhados por números isolados. A primeira tabela é reservada aos políticos do PT. O nome do senador Romero Jucá aparece no documento.
O material foi apreendido pela polícia durante o cumprimento de um dos mandados de busca da Operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção na Petrobrás envolvendo políticos e empreiteiras.
O criminalista Celso Vilardi, constituído pela Camargo Corrêa, disse que não iria comentar o documento apreendido pela PF porque não teve acesso a ele.
Fonte: Estadão
Política
PF acha planilhas com nomes de políticos e valores na sede de empreiteira
O senador Romero Jucá é um dos nomes que aparece no documento