A Polícia Federal descobriu uma sala de espionagem e vigilância eletrônica dentro de um dos escritórios onde foi cumprido mandados de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira, 23.
Segundo uma das informações obtidas pela Folhabv, a sala era possivelmente utilizada para coleta de informações sigilosas envolvendo políticos e instituições públicas e de segurança.
Numa análise preliminar foi possível identificar que o equipamento pode ter acesso a bancos de dados, além de escutas. Tudo foi apreendido e levado para a sede da polícia federal para ser investigado.
Se for descoberto que escutas ilegais estavam sendo feitas no local, os envolvidos podem responder por uma lista de crimes: divulgação de segredo, violação de sigilo funcional, interceptação telefônica clandestina, formação de quadrilha. As penas variam entre 1 e 12 anos de prisão.
Com o material apreendido, a Polícia Federal vai aprofundar as investigações para confirmar que tipo de dados eram acessados pelo sistema de monitoramento.
A operação é parte de um processo expedido pela 4a vara judicial de Roraima e corre em segredo de justiça
Operação
A Operação Imhotep foi realizada em Roraima, Brasília e São Paulo e investiga supostas fraudes em convênios de prefeituras de Roraima com o governo federal.
Foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal em Roraima, nos estados do Roraima, São Paulo e Distrito Federal.
O esquema envolveria a execução de mais de R$ 500 milhões em contratos pelas empresas envolvidas no programa, com ao menos R$ 15 milhões desviados para pagamento de propina, segundo o TCU (Tribunal de Contas da União com um ex-senador investigado.