Política

PP adia convenção em Roraima

O presidente do partido no estado, deputado federal Hiran Gonçalves, confirmou a mudança de data e disse que questões internas embasaram mudança

O Progressistas (PP) de Roraima adiou a convenção estadual que aconteceria no próximo sábado, 28, no Parque Anauá, em Boa Vista. A nova convenção ainda não tem data definida pelo partido.

O presidente regional do PP, deputado federal Hiran Gonçalves, explicou que até o momento ainda não foram definidas as coligações de forma definitiva para acolher da melhor forma possível os candidatos do partido que vão concorrer às eleições estaduais e a nova data da convenção deve ser definida na próxima semana. “Decidimos adiar a convenção que seria sábado, pois estamos construindo uma coligação forte para os progressistas”, explicou.

Gonçalves acrescentou que o grupo está fortalecido e muito bem de alianças, mas que a executiva local acredita que é preciso ter um grupo mais amplo. Hoje os progressistas têm quase 4 mil filiados no Estado. “Esse prazo será necessário até para a construção da chapa majoritária e das coligações proporcionais, que ainda não estão definidas”, afirmou. “Estou com problema de saúde na família e vou conversar com a governadora para ver que dia será melhor a convenção. Estamos tranquilos, pois quem tem prazo não tem pressa”, anunciou.

ALIANÇAS – Na majoritária, o Progressistas está fechando alianças com o PR, PRTB, PT, PDT, PCdoB, Podemos e Patriotas. Mas na negociação para as alianças proporcionais, as conversas do partido tomam rumo diferente. “Para deputado federal, o PRTB quer coligar só com o PR. E tem gente disputando pra coligar com Patriotas e Podemos. Acho que podíamos fazer uma grande coligação e para mim o ideal é fazer uma coligação maior possível com candidatos que já tenham mandato pra ver quem tem mais votos. Para mim é tranquilo coligar com Edio [Lopes, do PR], com Carlos Andrade [do PHS] e com outros que estão sem coligações”, revelou Hiran.

Para deputado estadual, o Progressistas ainda tem certa dificuldade pelo fato de os pré-candidatos a deputado estadual sem mandato não quererem alianças com os que têm mandato. “O PSB, que tem dois deputados com mandato, está conversando para se acomodar, pois candidatos sem mandato não querem coligar com candidatos com mandato. Mas ainda tem muita novidade pra acontecer com o PP em Roraima até o final do prazo”, disse.

Os partidos têm até o dia 5 de agosto para definirem seus candidatos em convenção. No PP, a disputa pelo Governo de Roraima deverá ser encabeçada pela governadora Suely Campos, que tentará reeleição.

“No palanque do PP, só cabem dois senadores”, diz Hiran

Em entrevista exclusiva à Folha, o presidente do Progressistas em Roraima, deputado federal Hiran Gonçalves, afirmou que ainda estuda a viabilidade de ser candidato a senador pelo PP, o que segundo ele inviabilizaria uma aliança com o PR (Partido da República), de Luciano Castro.

“Sou candidato natural à reeleição como deputado federal, mas estamos avaliando os caminhos e temos oportunidade de ver outras possibilidades que também podem ser articuladas. Assim como aconteceu com Oleno Matos, que era candidato a deputado federal e virou vice, eu estou avaliando para ver se realmente tenho chances boas como senador e se tiver, não vejo nenhum problema em mudar se o povo quiser me eleger Senador”, disse.

Sobre o acordo fechado entre a governadora Suely Campos e o ex-deputado federal Luciano Castro, Hiran afirmou que as coligações que seu partido fizer vão resultar em apenas dois candidatos a senado. “Eu já falei para o ex-deputado Luciano Castro que a senadora Ângela Portela está no PDT e é parceira da governadora e se o PP tiver o deputado Hiran candidato a senador, Luciano Castro não sobe no palanque. Não vamos cometer o mesmo erro que Anchieta [Júnior] e Romero [Jucá] cometeram na eleição passada. No palanque do PP, só cabem dois senadores”, reforçou.

Hiran se mostrou aberto a negociar a questão até a convenção. “Se o ex-deputado Luciano Castro construir uma coligação na proporcional entre o PP e o PR que eu me sinta bem confortável, não tem problema, ele vai ao Senado com nosso total apoio, agora se eu for candidato a senador isso inviabiliza uma aliança majoritária com o PR”, concluiu.