Política

Preço do cimento em Roraima é dos mais caros do país

De acordo com Edio Lopes, o preço é abusivo porque no Amazonas há a Zona Franca de Manaus e em Roraima a Área de Livre Comércio

O deputado federal Edio Lopes (PMDB-RR), vice-presidente da Comissão de Minas e Energia (CME) da Câmara Federal, participou de mesa redonda na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) que discutiu a aplicação de subsídios para a indústria e comércio do cimento em Roraima e Amazonas.

O deputado foi o autor do pedido de realização da mesa redonda na CME e conseguiu levar o debate até Manaus. Segundo ele, o assunto precisa de atenção, pois nenhum outro estado brasileiro tem o preço de cimento tão elevado.

“A saca do produto em Roraima e no Amazonas é um dos mais caros do país. Se pegarmos o preço do combustível ou de produtos industrializados, veremos que não há um impacto financeiro tão grande quanto o que existe na saca de cimento nestas regiões”, contou Lopes.

De acordo com o parlamentar, o preço é abusivo porque no Amazonas há a Zona Franca de Manaus e em Roraima a Área de Livre Comércio.

“Por estarem localizadas em regiões que recebem grandes desonerações fiscais, deveríamos oferecer os melhores preços, não o contrário. Enquanto nos grandes centros a saca de cimento custa um valor relativo, esse preço sofre um acréscimo exorbitante e chega a custar o dobro em Roraima e no Amazonas”, afirmou.

O vice-presidente da Comissão de Minas e Energia informou que pretende promover novo encontro para tratar sobre o tema, dessa vez em Brasília.

De acordo com Edio Lopes o novo debate terá a finalidade de ouvir empresários do setor que atuam no Amazonas e Roraima.

“Vou apresentar novo requerimento para ser apreciado pela CME, que em breve definirá a data para a realização da audiência na Câmara dos Deputados”, disse.

IRREGULARIDADES

De acordo com apuração da Comissão de Geodiversidade, Recursos Hídricos, Minas, Gás e Energia da ALE-AM, no ano de 2013 foram verificados a existência de cerca de 20 marcas de cimento importado no Amazonas totalmente fora dos padrões.

“Os produtos não apresentavam selo de qualidade e nem data de validade ou local de origem definido”, informou o presidente da Comissão da ALE-AM, Sinésio Campos.

Segundo o deputado estadual, um relatório da comissão da ALE-AM será entregue à Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.

“É necessário levar esse assunto as autoridades federais para que tomem providências quando ao uso e venda de cimento irregular.”

Com relação à qualidade do cimento, Edio Lopes assegurou que o tema vai merecer atenção especial da CME.

“Diante das informações que recebemos hoje, é possível que também possamos convocar para prestar esclarecimentos, outros órgãos responsáveis pela fiscalização e certificação de qualidade do produto”, concluiu.