Política

Presidente da Aderr reafirma que produção agrícola tem que agregar

Para facilitar a venda da produção agrícola em Roraima, é preciso que os agricultores tenham consciência da importância de agregar valor à sua mercadoria, em especial, os produtos artesanais. A melhor forma seria garantir que o produto passe por um processo rigoroso de atendimento à vigilância sanitária até chegar à mesa da população.

A recomendação é do presidente da Agência de Defesa Agropecuária em Roraima (Aderr), Gelb Platão, em entrevista neste domingo, 19, ao programa Agenda da Semana na Rádio Folha 100.3 FM.

Para Platão, o empreendedor tem que atender as normas da vigilância sanitária para revender um item adequado ao consumo e garantir uma avaliação positiva ao seu produto. Desta forma, a população deve dar maior destaque na hora da compra do produto para aquele item que está devidamente embalado, certificado e comercializado em ambiente adequado para sua preservação. 

Além de impedir problemas de saúde aos consumidores, os empreendedores também podem observar com maior atenção às concorrências desleais com os produtores que agem sem atender às regras de vigilância sanitária, explica Platão.

“Por exemplo, quando temos uma mercadoria de um produtor que investiu na produção de queijos. Que tem um critério de processamento, com um responsável técnico. Quando ele coloca o seu produto para vender sem nenhum problema para consumo e vê que tem um outro produtor na ilegalidade, vendendo em uma banca qualquer, ele pode denunciar o produtor irregular para a Aderr”, completou.

SELO ARTE – Segundo o titular da Aderr, outra forma que os produtores têm de conseguir atribuir valores é por meio do “Selo Arte”. Criado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o “Selo Arte” consiste em um mercado interestadual para venda de produtos artesanais alimentícios, ou seja, aqueles produzidos com matéria prima de origem animal, como queijo, embutidos, mel e pescados. 

Em Roraima, a Aderr ficará responsável pela identificação e fiscalização das empresas que decidirem aderir ao modelo. O objetivo, segundo Gelb, é dar maior visibilidade para os produtos de grande qualidade e com potencial de mercado em outros estados, além de coibir as mercadorias que são produzidas na clandestinidade até que eles sejam legalizados.

Entre os critérios existentes para aderir ao “Selo Arte” estão: produção prioritariamente manual; uso de produtos industrializados reduzido ao mínimo necessário; proibição do uso de corantes e aromatizantes artificiais e priorizar as características tradicionais, culturais ou regionais do produto. (P.C.)