Política

Presidente da ALE afirma que tomou conhecimento de grampos telefônicos

Jalser Renier disse que tomou conhecimento que Secretaria de Segurança estaria fazendo grampo telefônico ilegal, mas Campelo nega

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Jalser Renier (PSDC), afirmou que tomou conhecimento, por meio do Ministério Público de Contas (MPC), de possíveis grampos telefônicos ilegais que estariam sendo feitos e disse que o responsável por isso seria o secretário estadual de Segurança Pública, João Batista Campelo.

“Não quero dizer que é verdade, nem que é mentira. Eu já fui vítima desse senhor quando uma vez ele grampeou meu telefone na época em que Neudo Campos era governador. Vou instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar isso. Vamos saber se existe na Secretaria de Segurança Pública algum cidadão ou cidadã que esteja grampeando deputados, secretários e professores”, disse.

O presidente assegurou que, se for constatado que o ilícito está acontecendo, “o secretário pode arrumar a mala e sair do Estado”. “Não tenho medo. Tenho meus problemas em Brasília, meus processos que estou respondendo. Não sou melhor nem pior do que ninguém”, disse.

O secretário de Segurança Pública, João Batista Campelo, descartou a possibilidade de grampos ilegais. “Não há nenhuma ordem para isso. Ele fez uma colocação infeliz, talvez no momento de extrema preocupação, de agitação”, disse referindo-se à confusão que ocorreu na ALE, na manhã de terça-feira.

Campelo explicou que o processo para um grampo telefônico deve ser feito mediante uma decisão judicial e de um inquérito policial. “Após a autorização da Justiça, o delegado encarregado passa a monitorar e acompanhar os telefonemas. Isso se faz no Brasil, tanto na Polícia Federal como na Civil. Mas sempre antecedida de uma determinação do juiz, de maneira que eu não poderia jamais fazer um grampo. Não sei fazer grampo”, rebateu.

Ele afirmou ainda, que não há nenhuma decisão judicial que determine o grampo telefônico do presidente da Assembleia Legislativa. “Até porque, para que isso acontecesse, deveria ser apoiado pelo Ministério Público e determinado pela Presidência do Tribunal de Justiça, uma vez que se trata de uma pessoa de foro privilegiado”, frisou. (V.V)