As questões que impedem o desenvolvimento do setor produtivo e econômico do Estado de Roraima serão debatidas no 1º Seminário do Parlamento Amazônico, evento que será realizado nesta quinta-feira, dia 20, a partir das 9h, na Assembleia Legislativa do Estado de Roraima (ALE/RR). Entre os temas relativos ao Estado, que serão discutidos no seminário, estão a criação do Parque Nacional Lavrado, a criação de novas reservas indígenas e estações ecológicas, além do atraso da obra do Linhão de Tucuruí e a questão do fechamento com uma corrente na BR-174 (que liga Roraima ao Amazonas). Todas estas questões estão ligadas direta ou indiretamente com a Fundação Nacional do Índio (Funai).
Segundo informou o vice-presidente do Parlamento Amazônico, e organizador do evento em Roraima, deputado Coronel Chagas (PRTB), o presidente da Funai, João Pedro da Costa, confirmou presença no seminário, assim como o secretário executivo adjunto do Ministério das Minas e Energia, Francisco Romário Wojcicki. Os dois vão palestrar sobre o tema “Licença Ambiental do Linhão de Tucuruí”.
Chagas afirmou que estão confirmados 29 deputados das 27 Assembleia Legislativas do País, além do presidente da União Nacional de Legisladores e Legislativos (Unale), deputado Sandro Locutor (PPS-ES).
“São temas importantes que devem ser debatidos e que são os gargalos para o crescimento e desenvolvimento do Estado e da região Norte”, disse. “E é importante destacar que nós, de Roraima, defendemos essas bandeiras de proteção ambiental e indígena, e já demos uma vasta contribuição para estas questões”, frisou, referindo-se ao Estado ter 88% da área territorial comprometida com as questões indígenas e ambientais.
“O objetivo do Parlamento Amazônico é levantar esse debate nos seminários que estaremos realizando nos nove estados que compõem o Parlamento e temos a satisfação de termos a primeira reunião aqui em Roraima”, disse.
Chagas acredita que através dos seminários será possível debater os problemas e apontar soluções. “Trazendo para o debate as pessoas que têm poder de decisão. Por isso, convidamos o presidente da Funai, o secretário do Ministério de Minas e Energia, porque, no nosso caso, vamos tratar de questões pontuais, como o Linhão de Tucuruí, a corrente na BR-174 e a iniciativa do ICMBio de querer criar mais um Parque Nacional em cima áreas produtivas e negando-se a aceitar a dupla afetação em áreas de terras indígenas”, disse. “Nós não podemos ceder um milímetro sequer de terra produtiva neste estado”, frisou. “E aliado a isso, temos que buscar soluções para todos os problemas que Roraima enfrenta e que a região Amazônica enfrenta para ter seu crescimento econômico. Pois quem sabe o que é melhor para os amazônidas, tanto para quem nasceu e vive aqui, como os que escolheram essa terra para morar, somos nós, que vivenciamos o dia a dia da Amazônia e não pessoas que nunca pisaram aqui, e até de outros países, e venham falar e decidir por nós”, frisou. (R.R)