Política

Presidente do Iteraima é aprovado em votação no plenário da ALE

Os 18 deputados presentes à sessão da Assembleia Legislativa aprovaram o nome indicado pelo governo para o Iteraima

Por 18 votos a zero, o nome do indicado ao cargo de presidente do Instituto de Terras e Colonização de Roraima (Iteraima), Alysson Rogers Soares Macedo, foi aprovado pelos deputados estaduais durante sessão plenária, ontem, na Assembleia Legislativa.

De forma rápida, a apreciação do nome do gestor, que não constava na ordem do dia encaminhada à imprensa no início da manhã, foi posta em votação. Os deputados do G3, Oleno Matos (PDT) e Soldado Sampaio (PC do B), pediram que os demais parlamentares aprovassem Alysson Macedo para “dar condições e fomentar as questões agrícolas no Estado”.

O 1º secretário da Mesa Diretora, deputado Naldo da Loteria (PSB), também pediu que o gestor fosse aprovado para que a “polêmica das terras fosse resolvida”. Mesma opinião da deputada Lenir Rodrigues (PPS). “O Iteraima está acima das questões políticas”, disse a parlamentar.

No painel, constavam 21 deputados. A votação, que normalmente é eletrônica, teve que ser feita em cédulas de papel por conta de um problema no computador da Casa Legislativa que registra os votos.

Em entrevista à Folha, o líder da base do governo, deputado Brito Bezerra (PP), afirmou que a aprovação se deve ao comprometimento do presidente do Iteraima no cargo. “Ele é um técnico competente, foi aprovado na sabatina por unanimidade também e vai continuar fazendo um excelente trabalho à frente do instituto”, disse.

Para ele, a definição do presidente do Iteraima é uma questão essencial para o Governo do Estado. “Temos a necessidade de resolver a questão fundiária do nosso estado. E o Alysson vai dar andamento a esse trabalho, dar o direito de propriedade a quem realmente tem direito, através dos títulos definitivos expedidos pelo órgão”, frisou.

Efetivado no cargo, Alysson Rogers não acompanhou a votação na ALE, pois está em Brasília (DF), onde participa de reuniões no Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para apresentar a proposta de Roraima referente à criação e ampliação de reservas ambientais previstas no Decreto 6.754/2009, que transferiu as terras da União para Roraima.

Durante a sabatina, realizada no início deste mês, o engenheiro agrônomo se comprometeu a investir na capacitação de técnicos do instituto (na área de geotecnologia para revisar o processo de georreferenciamento) e trabalhar para firmar um acordo de cooperação técnica com o Governo Federal.

“Vamos resolver essa questão fundiária, modernizar nosso marco legal, regularizar nossa Lei de Terras e modernizar nossos expedientes internos, dar segurança técnica para o profissional que atua no processo administrativo e, ao final, o Instituto terá segurança jurídica na emissão do título da terra, principal documento que nosso cliente almeja para poder investir”, destacou à época.

APROXIMAÇÃO – Questionado se a aprovação unânime significava uma aproximação do bloco independente com a base do governo na ALE, o deputado Brito Bezerra respondeu que isso é “um sinal de que eles [deputados do G14] estão realmente comprometidos com o Estado e com os nomes indicados pelo Executivo”.

“O grupo independente analisou o nome do Alysson e está analisando os nomes dos outros gestores. Estamos conversando muito, apresentando o plano de ação de cada pasta e trabalhando pelo convencimento e pela aprovação dos nomes”, disse. “Significa que eles estão entendendo que o Governo do Estado está no caminho certo.

Nada impede que eles possam fazer parte da base governista. Estão todos convidados, mas, até o momento, nenhum deputado aceitou o convite formalmente”.

A Folha tentou entrevistar o líder do bloco independente, deputado George Melo (PSDC), para que ele comentasse a aproximação do G14 com a base governista, mas não obteve retorno. (V.V)