Presidente do Sintraima cobra progressões atrasadas dos servidores públicos estaduais

Sindicalista também destacou que a falta de chamamento dos aprovados em concursos prejudica a eficiência do serviço público.

Presidente do Sintraima cobra progressões atrasadas dos servidores públicos estaduais

O presidente do Sintraima (Sindicato dos Trabalhadores Civis do Estado de Roraima), Francisco de Assis Pereira Figueira, utilizou o programa Agenda da Semana, neste domingo (15), para destacar reivindicações dos servidores públicos estaduais. Entre os pontos discutidos, estão as progressões horizontais e verticais previstas em lei, que não foram efetivadas desde 2022.

“Desde 2022, os servidores estão sem as suas devidas progressões horizontais e verticais, que são dispositivos de lei”, afirmou Figueira. Segundo ele, mesmo com o Estado encerrando o ano de 2023 com uma arrecadação superior a R$ 1,3 bilhão, as demandas da categoria continuam sem resposta. Ele mencionou que, apesar do cenário financeiro positivo, há “dezenas e dezenas de processos já concluídos pela Secretaria de Administração” que aguardam apenas a assinatura do governador para a publicação e implementação.

O sindicalista também enfatizou o impacto direto da ausência das progressões no bem-estar dos servidores. “Hoje em dia se fala muito de saúde mental, então isso também causa um transtorno para os servidores. Porque se eu tenho o direito a ter minhas progressões e elas não são colocadas em prática, estou sendo castigado?”, questionou.

Além disso, Francisco destacou que a falta de chamamento dos aprovados em concursos prejudica a eficiência do serviço público. Ele citou áreas prioritárias, como a Secretaria de Fazenda (Sefaz), que dependem de analistas de TI e outros profissionais para otimizar processos. “O correto seria já chamar também esse pessoal que já fez o concurso, já foi aprovado e está apto para assumir.”

O presidente reforçou que os servidores não demandam mais do que o que está garantido por lei, e pontuou que a efetivação das progressões representa um investimento no Estado. “Não é gasto, é investimento. Parte desse recurso retorna para o Estado, pois os servidores utilizam esse dinheiro aqui mesmo, seja no consumo, seja em melhorias para suas famílias”, argumentou.

Quanto ao custo das progressões atrasadas, Figueira explicou que o impacto financeiro seria menor do que se imagina. “Se o governador tivesse efetivado as progressões horizontais e verticais, acredito que este ano não sairia nem 100 milhões. Isso dentro de um orçamento com um excesso de arrecadação de R$ 1,374 bilhão.”

Francisco Figueira informou que o sindicato já enviou ofícios ao governador solicitando audiência para debater a situação e aguarda resposta.

A íntegra da entrevista com o presidente do Sintraima pode ser assistida no programa Agenda da Semana, disponível no canal da Rádio Folha 100.3 no YouTube.