Política

Presidente do TCE diz que falta gestão na saúde pública de RR

Secretários recebem orientação sobre como fazer relatórios do cronograma de execução de ações para melhorar a atenção básica de saúde

O presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), conselheiro Henrique Machado, afirmou que os maiores problemas que afligem o setor de saúde nos 15 municípios e no Governo Estado é a falta de gestão. “Existem deficiências de falta de recursos, mas o problema maior é a gestão pública dos recursos. Falta gestão na condução e direcionamento das verbas que vêm para Roraima”, afirmou durante a oficina que iniciou ontem, no TCE, para discutir o plano de ação com secretários de Saúde de Roraima. A abertura contou com a presença de vários prefeitos do interior.
Para Machado, é necessário aprimorar a saúde pública com melhores instalações, com contratação de médicos e compra de remédios. “O encontro é para melhorar o nível da saúde no Estado. Os gestores terão prazo de 120 dias, a contar de 25 de março, quando foi publicado o acórdão, para apresentar cronograma de como vão resolver os problemas da saúde em seus municípios e no Estado”, disse.
A proposta do TCE, segundo ele, é orientar os gestores de como fazer os relatórios apontando o cronograma de execução de ações para melhorar a atenção básica de saúde nos municípios. “Como está próximo de encerrar o prazo, convidamos os gestores para orientar como fazer esse relatório e para que entreguem no prazo”, frisou.
Na oficina, que encerra na manhã de hoje, estão sendo apresentados e debatidos os resultados da auditoria operacional realizada pelo TCE, no ano passado, para avaliar os serviços de Atenção Básica de Saúde. Além disso, será elaborado o plano de ação a ser seguido pelos gestores com vistas ao cumprimento das determinações e recomendações em relação ao que foi detectado pela auditoria.
“Como sabemos que é uma ação complexa, convidamos os gestores para orientar como deverão fazer esse processo”, disse Machado. “O TCE visitou todos os 15 municípios e fizemos um raio-x mostrando a real situação”, frisou. No relatório devem conter as datas de execução das tarefas, que seja de contratação de pessoal, melhorias na estrutura física dos prédios ou aquisição de remédios.
A oficina está acontecendo no plenário do Tribunal de Contas, sob a coordenação do diretor de Fiscalização das Contas Públicas, Roberto Riverton de Souza Veras, e dos auditores fiscais de contas públicas da Divisão de Auditoria Operacional (Diaop).
DIAGNÓSTICO – O diretor de Fiscalização das Contas Públicas, Roberto Riverton de Souza Veras, disse que durante a auditória foram diagnosticadas as deficiências e falhas na prestação do serviço de atenção básica nos 15 municípios, incluindo a Capital. “Depois desse diagnóstico, apresentamos esse trabalho aos municípios e também ao Estado para que se elabore o plano de ação e se corrija as dificuldades e fragilidades encontradas para melhor atender aos anseios da população”, disse.
Para o diretor, a falta de atendimento da atenção básica nos municípios do interior faz inchar os hospitais da Capital. “Muitos dos atendimentos que poderiam ser feitos na atenção básica nos municípios do interior são trazidos para a Capital, superlotando os hospitais e causando outro problema de atendimento”, frisou.  “A atenção básica de saúde dos municípios tem que ser fortalecida para poder solucionar parte dos problemas da Capital”.
CONHECIMENTO – Para o prefeito do Município de Pacaraima, Altemir Campos, o conhecimento técnico que os gestores da saúde estão adquirindo vai contribuir para a execução de ações na melhoria do atendimento no setor.  “Os nossos técnicos estão sendo capacitados e orientados. Com esse conhecimento adquirido, vamos proceder na execução do plano e agradecemos o TCE pela ação em nos ajudar na elaboração desse documento”, disse. (R.R)