A presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Elaine Bianchi, começou uma maratona de ações para dar celeridade ao Judiciário roraimense. Ela quer mostrar para a sociedade que o poder é confiável e célere.
“Nós somos prestadores de serviço e queremos prestar um serviço de excelência. Eu quero que toda equipe esteja focada nisso. A sociedade pode esperar de nós muitas frentes de trabalho de mutirões, para tentar diminuir o acervo e o tempo de duração dos processos para que eles tenham uma prestação jurisdicional no tempo adequado”, disse.
Natural de Santo André, São Paulo, a magistrada chegou a Roraima em 1991 e já exerceu as funções de chefe de gabinete e assessora jurídica da Presidência do TJ, conhecendo bem como funciona este poder. Ela já atuou em Juizados Especiais e Varas Cíveis e Criminais, comarcas do interior, Juizado da Infância e Juventude, Turma Recursal, Fazenda Pública e Tribunal Regional Eleitoral, servindo ininterruptamente na 1ª Instância do Poder Judiciário roraimense por mais de 22 anos.
Entre as primeiras medidas à frente do Tribunal, a nova presidente já colocou frentes de trabalho nos Juizados Especiais e destacou servidores para os mutirões com o objetivo de não parar o trabalho. “A intenção é que a gente atinja as metas do Conselho Nacional de Justiça [CNJ] até o primeiro semestre. Acredito que vamos conseguir se tomarmos essas medidas desde o início”, frisou.
Elaine Bianchi afirmou que já tem toda a equipe montada e todos estão trabalhando nas unidades. Ela apresentou, no início da semana, o Plano de Gestão 2017-2019 alinhado ao planejamento estratégico da instituição, com cinco macroprojetos que devem nortear as ações do Poder Judiciário roraimense durante esses dois anos: conscientização e capacitação; expansão da participação do Fundejurr no orçamento; automação total; aumento da produtividade judicial; e gestão da demanda.
“Os servidores e secretários estão motivados, já conversamos e reuni todo mundo explicando quais são as prioridades, as metas e estamos trabalhando”, disse a desembargadora, acrescentando que o modelo ideal de Justiça seria pautado na conciliação pré-processual, pois, segundo a magistrada, a conciliação resolve litígios mais rapidamente, possibilitando a pacificação social num tempo justo.
A presidente destacou que encontrou tudo muito bem no Tribunal de Justiça, com vários projetos em andamento, com resultados que estão claros para a sociedade, mas que ainda existem coisas a fazer. “Em dois anos é impossível que o presidente consiga fazer tudo que tem que fazer. O desembargador Almiro Padilha deixou um trabalho muito bem feito e o que ele deixou pretendemos continuar. O interior é algo que precisa ser olhado. O desembargador Almiro cumpriu a missão de terminar o prédio administrativo, o Fórum Criminal. Agora, a nossa meta é essa, de ir para o interior verificar as necessidades, inclusive em relação à infraestrutura, obra, material e pessoas”.
Sobe o relacionamento com os poderes, Elaine Bianchi disse que já havia conversado com os representantes do Executivo e Legislativo durante o período de transição e que agora, oficialmente empossada, pretende fazer uma visita a todos os órgãos. “Quero manter o compromisso do diálogo, do entendimento, verificar no que cada um pode ajudar e vice-versa”.