O processo de interiorização de imigrantes venezuelanos em outros estados brasileiros, conforme divulgou a Folha em primeira mão, terá início ainda esse mês. A informação foi anunciada pela Casa Civil da Presidência da República nesta quinta-feira, 8, durante reunião da comitiva de ministros pela manhã, na Base Aérea de Boa Vista.
O processo, segundo foi informado, contaria com a participação da ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados), e envolve, no primeiro momento, 1.000 pessoas entre homens solteiros e famílias com crianças que se encontram em um dos abrigos de Boa Vista. Indígenas não serão beneficiados pelo plano de interiorização. O processo deve seguir no decorrer do ano com o atendimento de mais pessoas.
Dados divulgados durante a reunião revelam que 77% dos imigrantes têm interesse no processo de interiorização, mas apenas os que estão com situação documental regular no Brasil poderão ser beneficiados com ênfase para aqueles que possuem potencial de inserção no mercado de trabalho.
De acordo com a Casa Civil, o custo inicial desse processo será de R$2 milhões, além de participação na rede de acolhimento federal. Também foi informado que empresas e governos de outros estados têm demonstrado interesse em empregar mão de obra estrangeira.