AGENDA DA SEMANA

Professor analisa entrada de novos países no Brics

Haroldo Amoras reforçou que a decisão traz mais reflexos políticos do que econômicos

Haroldo Amoras é economista e professor na Universidade Federal de Roraima (UFRR). (Foto: Estúdio/Folha FM)
Haroldo Amoras é economista e professor na Universidade Federal de Roraima (UFRR). (Foto: Estúdio/Folha FM)

O economista e professor da Universidade Federal de Roraima (UFRR), Haroldo Amoras, analisou a entrada de seis novos países ao bloco de países emergentes Brics, o qual o Brasil faz parte. A análise ocorreu durante o Agenda da Semana, na rádio Folha FM 100.3, nesse domingo (27).

A ampliação era discutida há meses, mas na última semana, após o término da 15ª cúpula de líderes do bloco, que também integra Rússia, Índia, China e África do Sul, seis países foram convidados a entrar. São eles: Argentina, Egito, Irã, Etiópia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.

Muitos especialistas já apontaram que a decisão traz mais reflexos políticos do que econômicos. O professor Haroldo Amoras reforçou que há evidências quanto isso, uma vez que os 11 países detém 42% da economia mundial, mas a maioria está em regime de ditadura.

“É uma tese que traz, por si só, as evidências, concretas e reais, do ponto de vista de como esses países [novos] se organizam. […] Isso traz uma situação de governos centralizados, ditatoriais, que parece um embate entre a visão de um mundo da chamada democracia representativa, e [da democracia direta]”, explica Amoras.

O professor também acrescentou que os recentes conflitos na Europa, como Rússia e Ucrânia, têm desestabilizado o bloco europeu assim como a potência político-econômica dos Estados Unidos. O que fortaleceu outras economias, como a China, e mostrou inversão de potências, como “um processo geopolítico de disputa de mercado, de afirmação para se estabelecer uma hegemonia”.

A entrevista completa com Haroldo Amoras está disponível no YouTube. Confira!