Política

Professor universitário fala sobre anulação de condenações de Lula

Para professor, processos não deveram retornar a justiça de Curitiba

A anulação das condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos processos da operação Lava Jato causou enorme frisson no cenário político brasileiro. Lula recobrou seus direitos políticos e está elegível para o pleito de 2022.

O movimento que colocou o petista de volta no páreo também abriu o caminho para que novos processos contra ele tramitem com rapidez. Todavia, é improvável que o ex-presidente seja novamente impedido de estar nas urnas.

De acordo com o professor universitário Fernando Xavier, as duas decisões consideraram que a justiça federal em Curitiba não era competente para jogar os casos relativos ao ex-presidente Lula.

“A Operação Lava Jato tinha uma força muito grande para combater a corrupção e condenar nomes políticos, mas mudou radicalmente o curso da operação com os vazamentos das conversas pelo Telegram, principalmente entre o ex-ministro Sérgio Moro e alguns procuradores da República em Curitiba. Essas conversas revelaram uma pré-disposição do juiz Sérgio Moro a fazer em algum curso de algumas investigações e processos. Apesar da população continuar dando apoio ao espírito da Lava Jato, tinha tudo para ser uma grande operação, que estava marcado na história que anunciava um combate a corrupção e desandou” explicou.

Além do caso de Lula, o movimento do ministro Edson Fachin impactou os rumos de outros casos referentes à operação Lava Jato.

Caso Sergio Moro fosse considerado parcial pela Segunda Turma do STF, a consequente anulação das condenações do ex-presidente abriria margem para que outros processos conduzidos pelo ex-juiz tivessem o mesmo destino.

“O ex-ministro Moro ainda não deu a versão dele e prestou esclarecimentos sobre a decisão do STF, mas tenta manter uma imagem técnica e profissional. Essa situação deve influenciar fortemente as eleições do próximo ano, e com isso o Poder Judiciário deverá dar celeridade ao caso” finalizou.

Confira a entrevista na íntegra: