A escolha do nome nas eleições é uma forma de comunicar ao eleitor quem é o seu candidato e que bandeira ele defende. Por essa razão, muitos concorrentes decidem atribuir sua profissão à sua candidatura. Em Roraima, a maioria dos candidatos a vereador são da área da educação, em especial, professores.
Segundo levantamento da FolhaBV com base nas informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) presentes no portal Divulgando Contas, dos 267 candidatos que possuem nomes relacionados a algum tipo de trabalho ou posição social, 91 deles são professores.
A concentração maior de professores é no município de Rorainópolis com 11 candidatos, seguido por nove candidatos em Bonfim, 9 em Normandia, oito em oito em Caracaraí, sete em Boa Vista e sete em Mucajaí.
Outra destaque é para a área da saúde, com 22 candidatos com o nome ‘doutor’ no nome. No entanto, do total, pelo menos quatro deles são da área da advocacia. Ainda no campo da saúde existem os candidatos enfermeiros e aqueles que optam apenas por utilizar o nome “fulano da saúde” ou “ciclano do Samu”, que também atuam na área.
O percentual de candidatos com nomes ligados à segurança pública também esteve presente em Roraima, com a presença de um comandante, dois coroneis, dois delegados, um cabo, um guarda, dois inspetores, dois majores, dois sargentos, dois tenentes e dois subtenentes.
O levantamento apontou ainda um alto número de candidatos com nomes de conotação religiosa. Foram identificados 25 deles com as nomenclaturas de ‘Irmão’ ou ‘Irmã’, quatro missionárias, oito pastores, dois bispos e dois padres.
Uma curiosidade do Estado de Roraima também é a presença de candidatos indígenas, com muitas lideranças disputando uma vaga nas Câmaras Municipais. No levantamento feito pela FolhaBV, por exemplo, foram identificados 12 candidatos tuxauas.
Os trabalhadores informais também tiveram vez nas candidaturas para vereador em Roraima, com muitos escolhendo nomes que lembrassem do seu campo de trabalho. São candidatos vigilantes, moto-táxis, pescadores, caminhoneiros, mecânicos, taxistas, radialistas, eletricistas e lojistas, que atuam em salões de beleza, empresas de telefonia, distribuidoras, distribuição de gás e até restaurantes de churrasco.
Vale ressaltar que o percentual não é um indicativo total da profissão dos candidatos, apenas dos nomes que optaram por utilizar na urna. Muitos deles escolheram usar seu próprio nome, o apelido que é mais conhecido ou até um inusitado para chamar a atenção do eleitor, sem demonstrar qual seu campo de atuação, por exemplo.