Política

PSOL terá candidatura nas próximas eleições

Ele disse que a Nova Lei Eleitoral veio para evitar pluralidade no parlamento

Durante entrevista ao Agenda da Semana, o professor de História da Universidade Federal de Roraima (UFRR, Fábio Almeida, disse que acredita que a nova Lei Eleitoral veio para efetivamente, evitar a pluralidade dentro do parlamento como ocorreu nas eleições de 2020.

Ele que é filiado ao PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) e concorreu às eleições para a Prefeitura de Boa Vista em 2020, participou do programa nesse domingo (21) com o economista Getúlio Cruz, para falar sobre o cenário da política local e Eleições 2022.

“Se você pega o resultado das eleições de 2020 você percebe que diversos segmentos da sociedade conseguiram se eleger. Porque veja só o que a lei estabelecia em 2020: você poderia manter o coeficiente eleitoral e quem não atingisse o coeficiente na divisão das sobras teria seus votos computados, nada mais justo. E nessa lógica, foi revisto e restringido as condições de nós podermos superar as dificuldades para eleger representantes de trabalhadores, de movimentos sociais, de segmentos organizados da sociedade, entre outros”, relatou.

Fábio destacou que acredita que a Lei veio para manter quem está no mandato nos grandes partidos.

“Nos grandes estados creio que a gente ainda vai ser deparar com uma diversidade grande nas bancadas, mas em Roraima por exemplo, corremos o risco de um único partido eleger todos os deputados federais. Há essa possibilidade de apenas um partido atingir o coeficiente. E você acaba se deparando por aí com pessoas sem referência alguma na política sendo eleitas, infelizmente”, observou.

O professor que defende a política de esquerda disse que no cenário local os partidos de esquerda e centro esquerda, precisam fazer uma aliança, para que que no futuro sejam uma alternativa para a população.

“Eles precisam ter a maturidade e a capacidade de construir uma aliança perene. Uma aliança que possa perpassar: duas, três eleições para se constituir como um polo de alternativa para a sociedade roraimense, o que hoje infelizmente não existe sendo debatido”, destacou.

Ele afirmou ainda, que independente das alianças, o PSOL lançará candidatura própria em 2022.

“Não temos nome ainda, mas independente de quem seja, nós teremos um candidato de esquerda, para apresentarmos um programa como no de 2018 e que foi bem aceito. Nós partimos da compreensão e defesa de que a principal via de organização e de transformação dessa sociedade é mudar o sistema. Nós apresentamos um programa totalmente humanizado, e com o foco numa questão que para nós é essencial: nós precisamos combater a desigualdade de renda nesse país. Se não distribuirmos renda não adianta que não vai ter milagre vindo de lugar nenhum pra resolver o problema da nossa pobreza”, assegurou.