Recesso na ALE-RR adia em 1 mês formação de comissão do impeachment do governador

Ato da presidência prevê que, caso não haja indicações de líderes para compor colegiado, esse papel caberá ao presidente da Casa

O plenário da Assembleia Legislativa de Roraima (Foto: Eduardo Andrade/SupCom ALE-RR)
O plenário da Assembleia Legislativa de Roraima (Foto: Eduardo Andrade/SupCom ALE-RR)

O presidente da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), deputado Soldado Sampaio (Republicanos), decretou recesso parlamentar nesta quarta-feira (3), um dia após receber o pedido de impeachment do governador Antonio Denarium (Progressistas) por crimes de responsabilidade.

Com isso, o prazo de 72 horas para líderes de partidos indicarem membros para formar a comissão que vai analisar o pedido será contado a partir de 6 de agosto, quando os trabalhos serão retomados no plenário. O ato da presidência prevê que, caso não haja as indicações, esse papel caberá ao presidente da Casa, que deverá seguir a proporcionalidade partidária.

Ao receber a denúncia protocolada em 19 de junho por Rudson Leite, Juraci Escurinho e Fábio Almeida, candidatos rivais de Denarium nas eleições de 2022, Soldado Sampaio determinou a citação do governador para que se defenda das acusações, em até dez sessões.

O documento de 41 páginas apresenta uma série de acusações contra Antonio Denarium, incluindo abuso de poder político e econômico, desvio de recursos públicos, nepotismo, superfaturamento de contratos e gestão inadequada de programas sociais e recursos destinados à saúde e infraestrutura.

O governador de Roraima, Antonio Denarium (Foto: Nilzete Franco/Arquivo FolhaBV)

Comissão representativa

Durante o recesso, que termina até 5 de agosto, a comissão representativa governará a Casa, quando convocada pelo presidente, irá discutir assuntos de relevância e urgência. Eventual convocação extraordinária implica em interrupção da comissão.

Onze deputados se dispuseram a compor o colegiado: Soldado Sampaio (presidente do grupo), Aurelina Medeiros (Progressistas), Catarina Guerra (União Brasil), Coronel Chagas (PRTB), Dr. Cláudio Cirurgião (União Brasil), Gabriel Picanço (Republicanos), Isamar Júnior (Podemos), Joilma Teodora (Podemos), Jorge Everton (União Brasil), Marcelo Cabral (Cidadania) e Marcos Jorge (Republicanos).