Rede desiste de ação para impedir candidatura de Catarina Guerra

Sigla forma federação com o Psol e tem Lincoln Freire (Psol) como candidato a prefeito. Diretório municipal discordou de ação protocolada por advogado

Os pré-candidatos de Psol-Rede à Prefeitura de Boa Vista, Lincoln Freire (direita) e Yano Rodrigues (esquerda), durante entrevista à Folha (Foto: Wenderson Cabral/FolhaBV)
Os pré-candidatos de Psol-Rede à Prefeitura de Boa Vista, Lincoln Freire (direita) e Yano Rodrigues (esquerda), durante entrevista à Folha (Foto: Wenderson Cabral/FolhaBV)

O partido Rede comunicou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RR), na noite desse domingo (18), a desistência da ação para impugnar a candidatura da deputada estadual Catarina Guerra (União Brasil) para prefeita de Boa Vista. A sigla forma federação com o Psol e tem o dentista Lincoln Freire (Psol) como candidato ao mesmo cargo.

Nos autos, o advogado da sigla, Gustavo Hugo, disse que o diretório municipal discordou da propositura da ação e pediu a extinção do pedido. “Ajuizei a ação acreditando que era uma linha programática da REDE posicionar-se contra as candidaturas de direita e fiscalizar o pleito eleitoral. Enfim, o partido detém o poder e por meio do que me foi outorgado, peço a imediata desistência”, explicou.

Em nota, o presidente estadual da federação Psol-Rede, Ray Kleber Gomes, reforçou que a ação foi um “ato unilateral” da Rede, “sem o devido consenso e deliberação das instâncias” da aliança partidária que, segundo ele, “não irá se envolver em questões arbitrárias, desastrosas ou equivocadas de outros partidos, desde que este não venha ferir os princípios da democracia e os direitos eleitorais, ainda mais, quando se trata de uma ação que prejudicaria uma mulher”.

A Ação de Impugnação do Registro de Candidatura (Airc) argumentava que o registro da candidatura de Catarina foi realizado fora do prazo legal e que sua substituição ao nome de Nicoletti (União Brasil) para concorrer ao cargo não seguiu os trâmites legais.

O Rede pedia, além da anulação do registro de candidatura, a suspensão imediata da campanha de Catarina Guerra até que o caso seja julgado. Era o terceiro pedido de impugnação contra ela: antes, Nicoletti e o Novo haviam acionado a Justiça Eleitoral com pedidos semelhantes.

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