A novela em torno da votação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) dos servidores municipais continua. Enquanto de um lado, a prefeita Teresa Surita (PSDB) teria atribuído aos vereadores a demora na aprovação do plano, por outro, a o Legislativo Municipal afirma que precisa de tempo para discutir com calma a lei que trata da vida profissional de milhares de trabalhadores.
Em entrevista ao programa Agenda da Semana, da Rádio Folha 1020, o vereador Sandro Baré (PDT), que é relator do projeto na Casa, disse que pretende articular para colocar o projeto em votação antes do recesso parlamentar, mas criticou a tentativa da chefe do Executivo municipal em voltar a opinião pública, e consequentemente dos servidores, contra a Casa, quando na verdade, segundo Baré, foi a prefeita que retardou o envio do projeto para discussão na Câmara.
Baré lembrou que a Fundação Getúlio Vargas (FGV), contratada por R$ 1,5 milhões pela Prefeitura de Boa Vista para elaborar o plano, levou um ano e meio para concluir o serviço, e que depois de entregue à Prefeitura, o projeto ficou parado por quatro meses até ser enviado ao Legislativo Municipal. “Ela [prefeita Teresa Surita] enviou o projeto faltando 15 dias para acabar o ano e quer que ele seja aprovado de qualquer jeito, sem tempo hábil para discutir isso com os servidores”, afirmou.
Apesar disso, o vereador afirmou que a Casa está trabalhando para tentar votar o projeto neste ano, mas caso não se consiga concluir as discussões a tempo, a Câmara vai providenciar uma emenda para que todos os reajustes sejam retroativos a janeiro, de modo que os servidores não saiam prejudicados. “Um projeto que custou milhões e veio cheio de erros de gramática, faltando artigos, anexos incorretos, merece ser analisado com calma e vamos fazer isso da melhor forma para não prejudicar o servidor”, garantiu. (Y.L)
Política
Relator diz que Câmara não tem culpa pela demora na votação
Vereador afirma que prefeita retardou o envio do documento à Casa para minimizar as chances de discussão do projeto