Após um pouco mais de um ano de sua instalação, a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Saúde, instalada na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), pretende concluir o relatório no primeiro semestre de 2021. Mas, para isso, os deputados estão agilizando as oitivas pendentes.
Nesta quarta-feira (16) e quinta-feira (17), acontecem novas oitivas. Ontem, terça-feira (15), os membros ouviram uma ex-coordenadora Geral de Urgência e Emergência, da Sesau (Secretaria Estadual de Saúde), que foi convocada após ser citada por outro depoente sobre uma suposta tentativa de interferir nos valores da cotação para locação de bombas de infusão.
Na oitiva, ela negou a acusação. “Não existe isso de eu interferir em preços. Se você é coordenador da cotação, como vai aceitar um preço que eu vou lhe impor? Por que não vai denunciar na polícia? Ele tem que comprovar”.
Ela também respondeu a outros questionamentos dos deputados sobre contratos da época em que ela era gestora, e disse desconhecer a interferência direta de empresários em processos da secretaria. Ela negou que tenha cometido irregularidades enquanto esteve na gestão da coordenação.
O vice-presidente da CPI, Nilton Sindpol (Patri), explicou que as oitivas serão agilizadas nesta semana. “Nós vamos analisar esses depoimentos, vamos convergir tudo através de documentos comprobatórios e em breve nós vamos apresentar estes resultados para a população”.
Também participaram da reunião os deputados Evangelista Siqueira (PT), Eder Lourinho (PTC), Renato Silva (Republicanos) e Lenir Rodrigues (Cidadania) e o relator Jorge Everton (MDB).
CPI – A comissão foi instalada em 2019, para apurar possíveis irregularidades em contratos firmados com a Sesau. São 40 processos em investigação, com quase 70 testemunhas ouvidas até o momento.
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