O relatório final da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Saúde da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) está pronto, conforme anunciou o relator deputado Jorge Everton (sem partido) na sessão desta terça-feira (23). O material será apresentado aos integrantes da comissão em 3 de dezembro, a partir das 9h, no Plenário Noêmia Bastos Amazonas.
O documento, segundo Jorge Everton, tem mais de 400 páginas e pede o indiciamento de 62 pessoas. Para resguardar o sigilo, não foi entregue cópia do relatório para os demais parlamentares com o intuito de evitar vazamento de informações. “Todos os processos analisados, mais de seis mil páginas de volume, e esses indiciamentos serão apresentados aos membros da CPI e aí daremos seguimento para trazer ao plenário o relatório final”, explicou.
O relator agradeceu a confiança dos membros da CPI da Saúde. “Algumas pessoas questionaram a demora, mas tivemos uma pandemia, passamos por dificuldades com reuniões, membros da comissão adoeceram de covid-19, intimados também, e até chegamos a duvidar do tanto que apresentaram atestados médicos”, disse.
Ainda segundo o parlamentar, o trabalho da comissão evitou que mais de R$ 80 milhões fossem desviados dos cofres públicos. “Dinheiro esse que salvou vidas. Não será a CPI que vai resolver os problemas de gestão, mas vamos apontar os erros”, complementou.
O presidente da CPI, deputado Coronel Chagas (PRTB), ressaltou o volume dos trabalhos dos parlamentares entre reuniões, diligências, mais de 90 oitivas e análises de 44 processos nos mais de dois anos de investigações.
CPI – A Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa de Roraima foi instalada em setembro de 2019 para apurar possíveis irregularidades de contratos firmados com a Sesau (Secretaria Estadual de Saúde) a partir de 2015 e de outros emergenciais celebrados no período da pandemia do novo coronavírus.
São integrantes da CPI da Saúde os deputados: Coronel Chagas – presidente, Nilton Sindpol (Patri) – vice-presidente, Jorge Everton – relator, Renato Silva (Pros), Lenir Rodrigues (Cidadania), Eder Lourinho (PTC) e Evangelista Siqueira (PT).