Com a afirmação de que Roraima é o epicentro da atuação para oferecimento de ajuda humanitária à Venezuela, o ministro Ernesto Araújo enumerou algumas ações previstas pelo governo federal para auxiliar o Estado.
“Depois dessa visita, saio consciente do papel que Roraima tem nesse processo decisivo e nos desafios que se criaram também para a população local. De volta a Brasília, preciso levar essa mensagem ao presidente e aos ministros: Os desafios que esta situação está impondo ao Estado de Roraima”, frisou.
Ele mencionou a criação do grupo interministerial para lidar com a situação da Venezuela, coordenado pela Casa Civil da Presidência da República, e disse que pretende “levar a ideia de que um dos aspectos fundamentais do grupo deve ser, além do relacionamento com a nação vizinha, os temas de Roraima.
Uma desses temas é também uma das principais preocupações do governador Antonio Denarium: a questão energética. Segundo o ministro, a situação tem sido avaliada pelo governo federal, que deve retomar nos próximos meses a obra de construção do Linhão de Tucuruí.
“O presidente Jair Bolsonaro ficou bastante sensibilizado com esse problema. Situações de crise, às vezes, geram soluções. A solução definitiva para o abastecimento de energia de Roraima é a construção do linhão. Isso será feito”, afirmou.
Ao receber o ministro, no começo da tarde deste sábado, o governador Antonio Denarium falou sobre o início da ajuda humanitária aos venezuelanos e sobre a questão energética. “Essa ação de ajuda humanitária internacional é integração do governo federal, do governo de Roraima e do Exército. Fomos muito bem atendidos pelo Itamaraty e pelo ministro que está aqui hoje. Estamos em diálogo com a Roraima Energia, para que, com eventual falta de abastecimento que pode acontecer pela Venezuela, Roraima não sofra racionamento, por isso também discutimos com o governo federal sobre a retomada da construção do Linhão de Tucuruí”.
Antônio Denarium complementou, falando da situação de caminhões brasileiros que estão retidos na Aduana da Venezuela e da preocupação com o fechamento da fronteira. “Há caminhões brasileiros que estão na Venezuela carregados de fertilizantes e de calcário que têm que entrar no Brasil para o próximo plantio. Outra situação que é importante lembrar é a relação comercial que existe entre o Brasil e a Venezuela. Exportamos produtos alimentícios para eles, e o fechamento da fronteira pode ocasionar uma redução das operações comerciais entre os dois países”, ressaltou.