Política

Roraima não merece voltar no tempo

Roraima cresceu, transformou-se em Estado, mas ainda capenga nos problemas de 30 anos atrás.

O ano é 2022, mas os problemas ainda são os mesmos de 1988 quando Roraima era Território Federal e, por aqui, quem comandava era um governador “biônico”. Naquele tempo, passar à noite no escuro se abanando e matando carapanãs era uma certeza agonizante.

Roraima cresceu, transformou-se em Estado, mas ainda capenga nos problemas de 30 anos atrás. A energia continua queimando no diesel e as carapanãs resistem e incomodam igual as promessas políticas de que Roraima agora vai avançar.

Mentira! Não avançou e continua no atraso. No atraso da escuridão, da falta de internet, de indústrias para gerar emprego, de estradas para escoar nossa produção e no isolamento econômico, aéreo e terrestre do restante do país. Para sermos lembrados, é preciso que algum político nos escandalize em rede nacional.

O ano é 2022, mas parece que ainda estamos no Governo Sarney: inflação nas alturas e velhas raposas querendo voltar ao poder. Desta vez, não como governador biônico, mas legitimado nas urnas com o voto de um povo que a vida toda foi condenado a viver segurando vela.

É preciso que o eleitor esteja atento e não caia, novamente, na mesma história que nos mantém presos no atraso há mais de três décadas. Não cair na lábia de quem podia fazer mais e optou por fazer menos, como se aqui só merecêssemos o resto que cai do prato.

Meu compromisso aqui, ao escrever este artigo, é mostrar na linha do tempo onde começamos e onde estamos: no mesmo lugar. No lugar do esquecimento para o governo federal, mesmo já estando no melhor assento do Congresso Nacional sendo líder de quatro presidentes seguidos.

Apesar de o ano ser 2022, as promessas políticas são as mesmas de 1994, 2002, 2010 e 2018. Linhão de Tucuruí, regularização das terras da União para o Estado, enquadramento dos servidores do ex-território, interligação de Roraima à Guiana e tantas outras ditas que a poeira do tempo se envergonhou e cobriu.

Trinta anos se passaram e não queremos mais voltar ao passado. Roraima não merece voltar no tempo, mas sim, se projetar para um futuro em que possa ser competitivo, ter independência energética, gerar emprego para os jovens e pagar menos impostos servindo de modelo para outros estados.

Roraima não merece mais ser usado como trampolim político, escudo da Lava Jato, muito menos ser cúmplice “com Supremo, com tudo”. Roraima não precisa de um “resolvedor-geral da República”, mas de políticos comprometidos em tirar nosso Estado do atraso, da escuridão, do isolamento e das reportagens escandalosas do Fantástico.

O ano é 2022 e não vamos voltar a 1988. A hora de mudar é agora.

Juntos #Podemos!

Ozéas Colares

Pré-candidato ao Senado pelo Podemos

Auditor Fiscal de Tributos