A chegada das chuvas no Amajarí e Iracema alegrou os produtores de grãos de Roraima, que este ano esperam atingir 70 mil hectares de grãos. Nas estimativas do produtor rural Ermilo Paludo , devem ser plantados em Roraima cerca de 40 mil hectares de soja, 15 hectares de milho, 10 de arroz e 5 de outras culturas.
Em entrevista ao programa agenda da semana da Radio Folha 100.1 o empresário do agronegócio, garantiu que nesta segunda-feira (29) as plantações começam.
“É uma coisa muito positiva para os agricultores, pois além dessas culturas estamos também plantando o algodão que está sendo produzido aqui e comercializado no Nordeste. O caroço do algodão está ficando aqui em Roraima pela metade do preço e é muito importante para ração de animais. O produto está disponível no estado e é muito importante para o sistema de produção. Aqui é muito bom de produzir, mas tem que ser profissional. Aqui não é lugar para amador”.
Sobre a pecuária roraimense, Paludo disse que é dependente da soja, assim como outras culturas.
“O boi depende muito da soja, assim como outras culturas, pois a soja melhora o solo. Temos em relação à pecuária, empresários muito eficientes que já trabalham até com confinamento de animais e outros como eu, que estão fazendo semi confinamento com muita eficiência. A tecnologia está atuando muito forte no desenvolvimento do agronegócio do estado”.
O empresário disse que alguns dos produtores investem até em estudos na Universidade Federal para fazer monitoramento de pragas, por exemplo, em busca de uma agricultura mais eficiente
“É muito importante a divulgação de nossas atividades e as pessoas que estão aplicando tecnologia estão tendo resultado econômico com esse investimento e a população precisa saber disso, pois precisamos gerar crescimento e ajudar o estado a sair da política do contracheque”.
Para Paludo, o governo estadual está atacando as questões cruciais de Roraima relacionadas à energia e a questão fundiária.
“A questão ambiental, de logística, pois esse asfaltamento para Guiana é fundamental para o agronegócio nós diminuiríamos 23% de nossos gastos e o governador tem trabalhado firmemente nessas questões em Brasília, que não são importantes apenas para o setor produtivo, mas para toda a sociedade, pois nós vamos gerar emprego. O desenvolvimento é fundamental para toda a sociedade”.
Sobre o calcário, Paludo esclareceu que o fechamento da fronteira prejudicou a obtenção do calcário da Venezuela.
“É um calcário de extrema qualidade e estamos perdendo. Isso tem que ser tratado com o governo federal e a questão do calcário é uma questão de segurança alimentar fundamental para desenvolver a agricultura e a pecuária. Plantar é uma benção de Deus e devemos lutar por isso”