Primeiro suplente do deputado Jhonatan de Jesus (Republicanos), o vereador de Boa Vista, Gabriel Mota (Republicanos) deve herdar a vaga na Câmara dos Deputados. Em 2022, Mota recebeu 6.520 votos.
Mas isso deve acontecer caso a indicação da Casa para o roraimense assumir como ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) seja confirmada pelo Senado. Na próxima semana, Jhonatan deve ser sabatinado pelos senadores. Caso seu nome seja ratificado, ele renunciará à cadeira na Câmara em Brasília, assim como Mota na Câmara Municipal de Boa Vista. Depois, eles serão empossados para os novos cargos.
Em entrevista exclusiva à Folha, Gabriel Mota disse que, quando assumir o mandato, vai defender todas as pautas de interesse do povo roraimense e prometeu alocar recursos para as 15 prefeituras e o governo estadual, do qual é aliado. Ele destacou que uma de suas principais preocupações é uma possível nova onda migratória venezuelana, ao lembrar da ocasião recente em que esteve em Pacaraima, na fronteira do Brasil com a Venezuela.
“A gente tem que cobrar, principalmente do governo federal, que ele faça a contrapartida do Governo e da Prefeitura. Não pode Roraima, o Estado mais pobre do Brasil, receber um País dentro de seu território e pagar essa conta sozinho”, disse ele, se declarando oposição ao Governo Lula, seguindo orientação do Republicanos.
Perfil
Gabriel Mota nasceu em 24 de dezembro de 1982, em Boa Vista. É casado e pai de dois filhos. O político é genro do deputado estadual Gabriel Picanço (Republicanos).
Mota é produtor rural, graduado em Administração Pública pela UnP-RN (Universidade Potiguar) e pós-graduado em Gestão de Pessoas e em Gestão Empresarial na Estácio Atual. Atualmente, ele cursa Mestrado em Administração Pública no IDP (Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa), em Brasília.
O vereador disse fazer parte do universo político desde os 15 anos e que herdou dos pais a paixão pelo segmento. Foi filiado ao PP (atual Progressistas) – sigla na qual presidiu a Juventude Progressista – de 2005 a 2020, ano em que migrou para o Republicanos, o mesmo do vice-governador Edilson Damião.
Na vida pública, foi assessor parlamentar na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) e diretor de operações da Caer (Companhia de Águas e Esgotos de Roraima). Em 2012, disputou eleição pela primeira vez para o cargo de vereador, mas acabou como suplente com 1.460 votos.
Em 2015, estreou no cargo após ser empossado devido o então vereador Paulo Linhares assumir o cargo de secretário-adjunto de Saúde no Governo Suely. na Câmara, Mota presidiu a Comissão de Saúde da Casa. No ano seguinte, não se reelegeu, apesar de ser o terceiro mais votado com 2.884 votos.
Gabriel Mota voltaria à Câmara Municipal em 2020, após ser eleito com 2.398 votos, novamente o terceiro mais votado do pleito. Em sua segunda passagem pela Casa, ele é membro da Comissão de Legislação, Justiça, Redação Final e Legislação Participativa.
*Por Lucas Luckezie