O atual secretário de estado da Saúde, Leocádio Vasconcelos, procurou a equipe de reportagem da Folha de Boa Vista para negar que haja indícios de desvio de dinheiro na secretaria dentro de sua gestão, que teve início no dia 17 de agosto, após o então secretário, Ricardo de Queiroz Lopes, pedir exoneração.
A declaração foi dada pelo futuro secretário de Saúde, médico Ailton Wanderley, no programa Agenda da Semana, que foi ao ar na manhã de domingo, 18, na Rádio Folha 100,3 FM.
“Ele afirma de forma generalizada que existem desvios de recursos públicos na saúde, e que isso acabaria no seu mandato. Pois bem, eu sou o secretário atual, e acho a fala dele infeliz, pois sou seu amigo pessoal, e Ailton sabe que sou muito íntegro com minhas gestões. Posso garantir que na minha gestão não existe desvio algum”, reforçou.
Ao falar de sua vida pública como gestor de secretarias em mandatos anteriores, Leocádio frisou que sua crítica à fala de Ailton se estende a todos que questionarem a transparência de sua vida pública.
“Eu já passei por diversas secretarias em mandatos de diversos governadores. Sempre tive uma carreira limpa, e quem me conhece sabe que minha postura é de intolerância à corrupção”, complementou.
SOBRE A ENTREVISTA – No programa Agenda da Semana, o futuro secretário de Saúde do governo de Antonio Denarium, Dr. Ailton Wanderley, falou sobre alguns dos desafios que terá que enfrentar a partir de janeiro, em meio aos atuais problemas na saúde pública estadual.
Na entrevista, ele destacou que a Sesau serve como um ‘balcão de negócios’ para empresas terceirizadas superfaturarem, e que tal prática vem prejudicando o orçamento atual da pasta, o que resulta na falta de medicamentos e a impossibilidade de realizar cirurgias eletivas. Também foi destacado que ele terá total liberdade em montar uma nova equipe para a secretaria, para evitar indicações políticas.
“Sob o meu comando, a Secretaria de Saúde não será mais um balcão de negócios. Vamos aplicar os recursos onde se fizer necessário, sempre com transparência e seguindo um modelo normal de prestação de serviços, sem superfaturamento, sem apadrinhamento político”, ressaltou. (P.B)