Senadores divergem sobre pronunciamento de Bolsonaro

Políticos e autoridades reagiram ao pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro sobre a pandemia do coronavírus na noite desta terça-feira (24). O presidente pediu a “volta à normalidade”, o fim do “confinamento em massa” e disse que os meios de comunicação espalharam “pavor”.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), divulgou uma nota na qual classificou a fala de Bolsonaro como “grave” e disse que o país precisa de uma “liderança séria”. 

Veja, abaixo, a repercussão com os senadores de Roraima em relação ao pronunciamento:

Telmário Mota (Pros-RR), senador

“O presidente não soube se explicar e foi mal interpretado. Ele queria dizer é que ele tem o compromisso de fazer o país gerar renda. O presidente quis dizer para manter em isolamento os vulneráveis, os idosos e as crianças, com carinho, respeito e proteção. Os demais devem voltar paulatinamente suas atividades econômicas para o país não parar e ter colapso econômico. A crise pode custar anos para recuperar a economia. Vamos nos  cercar de cuidados e voltar ao trabalho com segurança e cuidados necessários para que o país não pare de todo”

Mecias de Jesus (Republicanos-RR), senador

“Assino e me sinto representado na nota do Senado emitida pelo  presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP). O presidente Jari Bolsonaro perde a oportunidade de, em rede nacional, transmitir com seriedade a preocupação, serenidade ao povo brasileiro. O Brasil precisa de uma liderança forte em todos os sentidos, e não apenas por ser atlético e fazer academia, e não apenas por ter proteção de saúde. Uma liderança que conduza o país a sair da crise de pandemia e economia. precisamos nos preocupar com a pandemia, mas também em primeiro plano com a vida, em preservamos a vida de todos e em segundo plano, gerar emprego  e melhorar a vida das pessoas”

Chico Rodrigues (DEM-RR), senador

“Veja bem, todas as providências para proteção da população são corretas. A quarentena é corretíssima. Todos os cuidados com os idosos têm que ser redobrados, por serem grupo de risco e as pesquisas mostram isso. É preciso ter distanciamento das pessoas. A área médica vê o lado da proteção da saúde de uma forma certa. Mas a área da economia vê como manterá os insumos para os médicos trabalharem. O que vejo muito são políticos fazendo palanque de uma forma vergonhosa, como é o caso do Dória. A mídia deveria ser bombeira e não tocar mais fogo. Nada que venha a agravar os conflitos, assombrar a população deve ser publicado. Eu discordo do presidente em relação a volta das aulas veementemente, mas temos que relevar algumas palavras de excesso. Deixa o presidente falar e vamos tocar a vida seguindo as orientações do Ministério da Saúde. Nós precisamos de bom senso, o mais coletivo possível, seja na esfera politica, médica, jornalística, para que a população se tranquilize”