Senadores dizem que trabalharão em conjunto com nova gestão

Em entrevista à Folha, o senador eleito Chico Rodrigues (DEM) falou sobre como pretende manter sua relação com o governador eleito Antonio Denarium (PSL), com a nova bancada federal e com Jair Bolsonaro (PSL), que assume a presidência em 2019. O político também falou seus projetos e agradeceu seus eleitores.

“Eu digo sempre que a questão de oposição a governo é uma linha tênue no tempo porque o aliado de hoje é o adversário de amanhã e vice-versa, mas no meu entendimento os adversários têm que ser adversários de princípios e não radicais que queiram atrapalhar”, afirmou Chico.

Rodrigues declarou que quando assumir o cargo de senador quer dedicar tempo para ver as prioridades do atual governo por entender que Roraima precisa de uma ação coletiva de todos os eleitos. “É necessário que haja um suporte muito forte para o governador eleito cumprir as suas promessas de campanha que são plataformas, pois existe uma dificuldade muito grande em serem realizadas”, afirmou.

Entre as suas prioridades para o mandato está a integração de Roraima ao sistema energético, por meio da construção do Linhão de Tucuruí, além de concentrar esforços na construção de duas Estradas: uma para ligar Roraima com Georgetown, na Guiana, e outra que ligará Roraima ao Pará. “Nós tínhamos uma coragem e uma fé inabalável que seria possível conseguir uma vitória, mas não uma vitória tão grandiosa como a que conseguimos de 111 mil votos dos 186 mil votos válidos para o Senado. Caminhei por todos os municípios agradecendo os votos”, finalizou.

MECIAS – O senador eleito Mecias de Jesus (PRB) já definiu as prioridades de seu mandato para serem cumpridas a partir de 2019. Ele afirmou que trabalhará em conjunto tanto com o governador eleito Antonio Denarium como com o presidente Jair Bolsonaro, amos do PSL.

“Nesta campanha fui aliado do presidente Bolsonaro e pedimos votos para ele no primeiro e segundo turno. Por isso ficamos felizes com a sua vitória. O nosso partido declarou uma posição de neutralidade no segundo turno, mas liberou os seus filiados para apoiar Bolsonaro. Como em Roraima o PRB estava coligado com o PSL, seguimos no segundo turno o que já tínhamos feito no primeiro que era de manifestar publicamente, votar e pedir voto para Bolsonaro”, afirmou Mecias de Jesus.

Também declarou que sua postura no Congresso Nacional, inicialmente, será de lutar para que pontos considerados por ele cruciais sejam discutidos, conversados e resolvidos o mais rápido possível.

“A questão energética e a titulação das terras são prioridades. Vivemos um período de muita indefinição em relação a esses temas e as soluções são claras e só precisam de decisão política para ser colocado em prática. Os outros dois problemas derivam de um mesmo fator que é o recrudescimento das condições da Saúde Pública de Roraima e da segurança pública”, explicou.

Mecias de Jesus apostou que afinidade por sigla de Denarium e Bolsonaro será um fator importante para que os problemas de Roraima sejam visualizados e resolvidos rapidamente. “O governador é do mesmo partido do presidente e acreditamos que isso é uma vantagem para o povo de Roraima, pois sendo do mesmo partido, do mesmo lado, tem um peso político relevante e, ainda que não fosse, entendemos que o governo federal vai adotar uma postura um pouco diferente e buscar as soluções para esses problemas o mais rápido possível”, finalizou

TELMÁRIO – O senador Telmário Mota (PTB) disse que adotará esta postura porque acredita que o novo governador precisa se reunir com deputados e senadores. “Agora que terminaram as eleições todo mundo precisa descer do palanque e se curvar a vontade das outras”, disse.

O senador pelo PTB não chegou ao segundo turno na disputa pelo governo, mas já afirmou estar disposto a dialogar tanto com Bolsonaro, quanto com Denarium para conseguir melhoras para o país e para Roraima. “Agora que terminaram as eleições todos precisam descer do palanque. Vivemos em sistema representativo em que o governo, tanto o executivo, quanto o legislativo são escolhidos pela população. Nosso governador agora é Denarium e quero colocar meu trabalho de senador à disposição dele”, declarou Telmário Mota.

O parlamentar disse que adotará esta postura não como um aliado ou com interesse em cargo ou secretaria, mas sim porque acredita que o novo governador precisa se reunir com os senadores e deputados de Roraima para definir demandas que precisam ser levadas ao presidente Bolsonaro.

Entre as questões que Mota acredita serem prioritárias para Roraima estão o Linhão de Tucuruí, a dívida do Estado, a regularização de terras e a substituição da corrente que fecha a BR-174, que liga Roraima ao Amazonas, por uma guarita.

“O governador tem que se reunir com a bancada toda de deputados e senadores além do novo presidente porque só depende de uma canetada para passar a energia na área indígena e para ver a corrente ser substituída por uma guarita. A questão das glebas que precisam ser liberadas rápido porque quem segurava tinha interesses políticos”, concluiu.

Colaborou Fabricio Araújo.