Política

Sérgio Pillon é indicado interlocutor para transição com o novo governo

Nome do representante do governo Chico Rodrigues foi anunciado ontem, durante entrevista coletiva com advogado do governo eleito

O secretário estadual do Planejamento, Sérgio Pillon, foi indicado como interlocutor entre a atual gestão e o governo eleito em outubro passado, para o processo de transição, iniciado simbolicamente na segunda-feira, dia 10, depois de uma reunião entre o governador Chico Rodrigues (PSB) e o coordenador geral da transição, o ex-governador Neudo Campos (PP). A informação foi repassada à imprensa pelo advogado Frederico Linhares, apresentado como coordenador técnico da equipe indicada pela governadora eleita, Suely Campos (PP).
Frederico Linhares explicou que, nessa primeira reunião, ficou acertado que cada uma das secretarias e unidades do governo entregará um relatório completo por setor, até o dia 30 de novembro. Até lá, os membros da equipe de transição terão acesso livre para fazer visitas técnicas, apurar informações e adiantar dados que possam servir para compor o planejamento interno para o próximo ano.
“Até o início oficial da transição será possível iniciar a coleta de dados das unidades do governo. E o governador Chico Rodrigues foi bem claro que a governadora Suely Campos pode ficar tranquila com relação à disponibilização de todas as informações”, disse.
Além de Linhares e do próprio Neudo, que comanda os trabalhos, o grupo é formado ainda pelo deputado estadual Flamarion Portela (PTC), que vai tratar da área legislativa; Ana Freitas e Selma Mulinari, da Educação; Ana Ilza Coelho, do Social; Hipérion Oliveira, da Agricultura e Assuntos Indígenas; Leonardo Dantas e Januário Lacerda, da Segurança; Paulo Linhares, da área de Saúde; Josué Filho, do Planejamento; Jules Rimet, do setor de Finanças; e Frederico Leite, do jurídico.
Conforme Frederico Linhares, todas as informações legislativas, financeiras e orçamentárias, de recursos humanos, estrutura física das unidades de governo e informática interessam à equipe de transição. “Dados mínimos que precisamos ter em mãos para deflagrar os primeiros atos, projetos de lei e mensagens que certamente serão enviadas à Assembleia a partir do dia 1º de janeiro”, complementou.
Não há ainda uma definição em torno da situação dos cargos comissionados, um dos assuntos mais tratados nos bastidores. Todo dia 31 de dezembro, o Governo do Estado promove o chamado “decretão”, em que exonera todos os detentores de cargos em comissão e, gradativamente, por secretaria, renomeia os servidores. Linhares disse que essa questão ainda está sendo analisada e que posteriormente esse ato também deve ser anunciado pela equipe de transição.
DÍVIDA – Frederico Linhares aposta em um processo “republicano, honesto e aberto”, sem “traumas”. Os primeiros meses devem ser bastante duros com relação à possibilidade de investimento. “As informações que chegam é de que a dívida é bastante significativa”, disse complementando que ainda não há um valor exato da dívida do Estado.
Durante a reunião ocorrida na segunda-feira, o governador Chico Rodrigues teria adiantado apenas a amortização da dívida relacionada aos empréstimos contraídos pelo governo, de cerca de R$15 milhões mês. “No primeiro momento, a dívida apenas referente aos empréstimos contraídos pelo Governo de Roraima são da ordem de R$15 milhões por mês, isso já está sendo pago. Para a dívida ser calculada é preciso termos acesso a quanto o governo deve a fornecedores”, explicou. Os valores serão tornados públicos para que a população tome conhecimento.
MÁQUINA – Questionado sobre a criação ou extinção de secretarias, Frederico Linhares disse que certamente haverá uma reforma administrativa e que o sentido é o de enxugar a máquina administrativa. “Todo o trabalho da equipe de transição vai culminar em uma série de ações. Faltam dados e, portanto, não tem como precisar, mas a intenção do novo governo é de que seja feita uma economia a partir do enxugamento da máquina”, adiantou.