Políticos de Roraima condenam reeleição de Maduro

Soldado Sampaio, Arthur Henrique, Mecias de Jesus e Gabriel Mota são alguns dos políticos que falaram abertamente sobre as eleições do País vizinho

Nicolás Maduro (Foto: Divulgação)
Nicolás Maduro (Foto: Divulgação)

Ao menos sete dos principais políticos de Roraima condenaram a reeleição do ditador venezuelano Nicolás Maduro para o mandato de janeiro de 2025 a janeiro de 2031.

Em entrevista ao podcast Papo de Redação, do grupo Folha, o presidente da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), deputado Soldado Sampaio (Republicanos), considera que houve “manipulação do resultado” e cobrou uma posição firme do governo brasileiro.

“Enquanto um conselho estiver escondendo as atas das eleições, se negando a dar transparência, não podemos reconhecer a vitória do Maduro simplesmente porque ele quer”, declarou ele, que concordou que a democracia no País vizinho não funciona porque impede opositores de concorrer e é, na verdade, uma “mistura de ditadura com movimentos populares e até Forças Armadas e há quem diga que tenha até narcotráfico”.

O prefeito de Boa Vista, Arthur Henrique (MDB), se disse “muito indignado com mais esse ataque à democracia na Venezuela”, defendeu a revisão dos resultados para garantir a vontade popular e cobrou posição firme do governo brasileiro para exigir do País a comprovação da apuração dos resultados.

“A gente sabe que toda essa instabilidade vai acabar trazendo consequências aqui pra Roraima e pra Boa Vista. Tudo que a gente tá vendo na TV, mais uma crise, conflitos, tudo isso tem grande chance de aumentar o número de pessoas migrando pra cá e não temos condições de segurar isso sozinho. Vão ser mais e mais pessoas doentes, vítimas de uma ditadura que vão estar pedindo socorro nas nossas unidades de saúde, milhares de pessoas vão cruzar a fronteira chegando aqui sem ter o que comer”, declarou.

Dos três senadores de Roraima, quem se manifestou foi Mecias de Jesus (Republicanos-RR), que acusou a Venezuela de desrespeitar a vontade popular e classificou a reeleição de Maduro como “uma farsa que já tem custado a liberdade e dignidade dos nossos irmãos venezuelanos”.

“A ditadura da esquerda rouba mais que o resultado eleitoral, rouba a esperança dos venezuelanos. O governo brasileiro não pode ser cúmplice desse crime contra democracia”, afirmou.

Quatro dos oito deputados usaram as redes sociais para se manifestar. Em nota de repúdio, Gabriel Mota (Republicanos-RR) classificou a reeleição do ditador como “um golpe à democracia”. “Em Roraima, estado que mais acolheu venezuelanos, enfrentamos uma crise migratória sem precedentes, que só tende a piorar. A comunidade internacional deve agir!”.