A ex-primeira-dama Shéridan de Anchieta (PSDB) estreou como candidata a um cargo eletivo nas últimas eleições e, de cara, recebeu mais de 35,5 mil votos que a elegeram deputada federal mais votada na história de Roraima. Neste domingo, em entrevista ao programa Agenda da Semana, apresentado pelo economista Getúlio Cruz todos os domingos, pela Rádio Folha1020, a nova parlamentar disse que não descarta a possibilidade de, posteriormente, pleitear um cargo no poder Executivo.
Ela, que foi a candidata mais votada, proporcionalmente, entre as mulheres de todo o País, atribuiu a votação expressiva ao trabalho social realizado durante seis anos, quando esteve à frente da Secretaria da Promoção Humana e Desenvolvimento (SEPH), atualmente extinta. “A minha eleição é reflexo do meu trabalho e da esperança em uma mulher de Roraima com um olhar diferenciado e uma nova forma de fazer política”, disse.
Questionada sobre uma perspectiva futura de concorrer a cargos executivos, Shéridan disse que pretende abraçar novas oportunidades. “Quando resolvi entrar na vida política, entrei em uma caminhada onde sempre vou querer buscar oportunidades de fazer mais pela população”, declarou.
A ex-secretária de Estado reafirmou que embora faça parte do grupo que apoia a candidatura de Chico Rodrigues (PSB), pretende se manter neutra quando o assunto é o segundo turno da eleição para o governo do Estado. “Eu faço parte de um grupo e tenho o meu voto, que, como todos sabem, é para o Chico. Mas, em termos de apoio político, vou concentrar-me no apoio à candidatura de Aécio Neves para a Presidência, já que fui a única eleita pelo PSDB em Roraima”, reafirmou.
Quanto aos motivos que a levaram a tomar tal decisão, ela alegou se tratar de motivos pessoais, enquanto pontuou que o primeiro turno foi bastante tumultuado para a coligação que participou e lembrou-se do desapontamento pelo fato de o marido, o ex-governador José de Anchieta, não ter sido eleito ao Senado.
TEMAS POLÊMICOS – Questionada sobre temas em discussão no Congresso Nacional, a candidata se disse a favor da redução da maioridade penal para 16 anos e contrária à legalização do aborto.
Ela considera um atraso o País não ter ultrapassado a discussão sobre a maioridade penal e, por outro lado, pontuou que a legislação atual quanto à realização de abortos – permitido quando a gravidez significa risco à vida da gestante ou quando resulta de estupro – já é bastante razoável.
“Se o jovem tem condição de exercer o direito de cidadão na hora do voto, tem dever de responder pelos seus atos. Isso pra mim é indiscutível! O aborto é um tema polêmico e que envolve muitas questões, mas, como mãe e como cristã, sou contra, desde que não se viole uma condição de saúde da mãe”, disse.
Política
Shéridan diz que não descarta futura candidatura ao Executivo
Deputada federal eleita afirma que poderá abraçar novas oportunidades de "fazer mais pela população"