Política

Sindicato diz que servidores estão sendo castigados

Presidente do Sintraima lembrou que muitos servidores estão de férias, de folga ou de licença

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Civis Efetivos do Poder Executivo do Estado de Roraima (Sintraima), Francisco Figueira, criticou a exigência de prova de vida para que o servidor estadual seja pago. “Fomos nós que pedimos a intervenção e agora o servidor efetivo será mais castigado ainda sem receber seus salários por mais tempo por uma situação que acreditamos seria benéfica ao servidor”, disse.

Para o representante sindical, a prova de vida deveria ter sido solicitada quando o governo interventor assumiu e não agora que o dinheiro federal foi liberado para pagar os funcionários públicos. “Agora estaria tudo pronto e resolvido. Nesse momento o interventor general peca tomando essa medida arbitraria. Servidores que estão há quase três meses sem receber e têm que comprovar que estão vivos? Que estão trabalhando? Se é caça às bruxas porque não fizeram em tempo hábil? O servidor se encontra em situação de penúria e se eles trabalharem 24 horas vão terminar muito depois do Natal esse cadastramento”, frisou.

No entendimento de Francisco Figueira, se os militares detectaram alguma irregularidade devem ir no foco da irregularidade e não generalizar nesse momento. “O servidor cumpre seu papel e buscou todos os meios de buscar uma solução para receber e agora essa situação. Muitos servidores estão de férias, estão de licença, alguns servidores estão de folga e ele vai ter que ser retirado de onde estiver para dizer que está vivo?”, questionou.

Para o presidente do Sintraima, a prova de vida é um desrespeito com o servidor efetivo que tem compromisso com o Estado. “Eles que busquem os culpados reais da situação a qual o Estado passa e não simplesmente fiquem transferindo culpa para os servidores efetivos que buscaram melhorias para todos os servidores e que o salário viesse um dia. O general disse que era uma oportunidade para o Estado de Roraima de colocar tudo em dia, mas isso não pode ter um preço a ponto de sacrificar mais os servidores ainda demorando a pagar o que ele tem de direito e trabalhou para receber. Então que seja revisto isso”, sugeriu.