EDUCAÇÃO MUNICIPAL

Sitram destaca conquistas do novo PCCR; professoras criticam rejeição de emendas

Lucinalda Coelho cita como exemplos o aumento do número de classes e a criação da promoção por tempo de serviço. Professoras criticaram vereadores

Plenário da Câmara Municipal durante discussão do PCCR da Educação (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)
Plenário da Câmara Municipal durante discussão do PCCR da Educação (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Boa Vista (Sitram), Lucinalda Coelho, destacou ao menos quatro conquistas de professores contempladas pelo novo Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) da Educação.

Uma delas é o aumento de cinco para sete classes no plano. Lucinalda explica que essa mudança vai permitir que o servidor vai progredir com mais rapidez na carreira. “Tem servidores na Prefeitura que têm direito a uma promoção, porém, não é concedida porque não tem essa classe”, destacou.

Além disso, a líder sindical lembrou que o novo PCCR cria a promoção por tempo de serviço (que se junta à promoção por titularidade), assegura em lei os 45 dias de férias (15 ao fim do primeiro semestre letivo e 30 ao término do segundo) e garante a aplicação da lei do piso nacional do Magistério. “Os professores que hoje têm nível Médio terão reajuste salarial de 18% e os professores de nível Superior terão 13%”, disse.

Sobre a rejeição das emendas que tratam da readaptação de servidores e dos requisitos para assumir a gestão escolar, Lucinalda Coelho afirmou que as mudanças ainda podem ser feitas no PCCR.

“Lutamos, construímos, porém, não foram aceitas, mas isso quer dizer que vamos continuar lutando, pra que essas emendas se tornem projeto. Se não vai dar no PCCR, vai dar por projeto. Já estamos marcando reunião com secretário de Administração e vamos marcar reunião com vereadores pras coisas acontecerem”, declarou.

Críticas à rejeição das emendas

Professoras criticaram os vereadores da base do Executivo na Câmara por rejeitarem as 20 emendas propostas ao PCCR. Para Antonia Pedrosa, do Coletivo de Servidores da Educação de Boa Vista, a derrubada das mudanças no texto original são um “desserviço”. “Nós lamentamos profundamente”, diz.

A professora municipal Regy Carvalho, que se declara independente de movimentos, lamentou a queda das emendas, mas afirmou que a “luta” da categoria vai continuar. “Quando a gente vê a nossa vida sendo jogada fora, nossos anos de trabalho sendo jogados fora, porque o Município, por capricho, não quis aprovar nossas emendas, é muito entristecedor”, reclamou.