Política

Suplente de vereador oficializa pedido para assumir vaga na Câmara

Aprovação de Jhonatan de Jesus para ministro do TCU expôs um impasse entre os dois primeiros suplentes do partido Republicanos nas eleições municipais de 2020: ambos afirmam ter o direito de assumir à vaga de Gabriel Mota na Câmara Municipal

Adjalma Gonçalves solicitou nesta quinta-feira (2), à Câmara Municipal de Boa Vista, a convocação para ser empossado como vereador. O pedido acompanhado do diploma de primeiro suplente ocorre antes do vereador Gabriel Mota (Republicanos), prestes a assumir o cargo de deputado federal após Jhonatan de Jesus (Republicanos) ser nomeado ministro do TCU (Tribunal de Contas da União), oficializar a renúncia.

A aprovação de Jhonatan para o órgão de controle expôs um impasse entre os dois primeiros suplentes do partido Republicanos nas eleições municipais de 2020. Ambos afirmam ter o direito de assumir à vaga de Mota e a disputa corre o risco de acabar na Justiça.

No pleito passado, Gonçalves terminou como o primeiro suplente da sigla ao receber 2.047 votos, enquanto o advogado Samuel Lopes ficou com a segunda suplência, com 1.617. Mas em março de 2022, o gestor ambiental se desfiliou do Republicanos ao migrar para o Pros, com o intuito de concorrer ao cargo de deputado estadual.

Com isso, ele foi acusado de infidelidade partidária por alguns colegas do antigo partido, que defendem que ele teria perdido o direito a, eventualmente, assumir o lugar de algum vereador republicano em caso de afastamento do cargo.

Adjalma Gonçalves já rebateu a acusação ao dizer que infidelidade seria cometida caso estivesse no exercício do mandato e que Lopes e o Republicanos, caso reivindiquem a vaga, poderiam reclamá-la na Justiça. O advogado, por sua vez, disse em outra ocasião estar “tranquilo” de que, legalmente, a vaga na Câmara Municipal pertence ao partido e que, portanto, tem direito de assumir a cadeira na Casa. Até agora, ele não oficializou o pedido para ser empossado.

O presidente municipal do Republicanos, o vereador Manoel Neves, afirmou que a qualquer hora os correligionários poderão se reunir para fechar definitivamente um posicionamento oficial sobre o assunto. Já o presidente da Câmara, vereador Genilson Costa (Solidariedade), costuma repetir que a Casa se posicionará sobre a definição logo após a renúncia de Gabriel Mota – este, por sua vez, ainda define com o Republicanos os detalhes para oficializar a renúncia.

*Por Lucas Luckezie