Política

Telmário anuncia rompimento com o governo de Suely

O senador apresentou algumas medidas adotadas pelo governo do estado que ele entende não estarem de acordo com os ideais e compromissos do PDT

Em entrevista coletiva, na manhã de hoje (8), o senador Telmário Mota (PDT) anunciou sua saída do grupo de apoio ao governo de Suely Campos (PP). De forma resumida, o senador apresentou cinco pontos que ele afirma que a diretoria do partido entendeu serem importantes e que apresentaram problemas e não viu por parte da governadora medidas para resolver essas questões.

Antes disso, lembrou que, nas eleições de 2014, o PDT apoiou a senadora Ângela Portela (PT) para o governo do estado e que somente no segundo turno houve o apoio à Suely Campos. “O acordo foi programático, em cima de um programa. O PDT tinha um programa, apresentou à candidata e ela [governadora] acatou”, disse.

Quanto às medidas adotadas pelo governo de Suely, Telmário Mota explicou não estarem de acordo com os compromissos e ideais do PDT. Um dos pontos criticados pelo senador trata-se da nomeação de familiares da governadora em cargos de primeiro escalão do Executivo.

“Quando a governadora colocou familiares, eu questionei. Ela disse ‘vamos reorganizar’. Então eu esperei. Acreditei que aquilo fosse provisório. O PDT é contra o nepotismo”, afirmou. Outra questão apontada pelo senador pedetista trata-se de uma solicitação feita por ele a Suely Campos para que providenciasse uma auditoria nas contas do governo.

“Havia denúncias e indícios de corrupção na Cerr, na Caer, na Educaçao, no Iteraima. Era preciso que essas possíveis irregularidades fossem apuradas. Hoje não se governa mais sem transparência. O governo não tem mais autoridade de dizer ‘Ah, me entregaram assim’”, criticou.

Além disso, a ‘importação de secretários’ para o governo de Roraima, os cortes feitos no programa antigamente denominado Crédito Social, e agora Crédito do Povo, e por fim o ‘desprestígio’ aos empresários locais com a contratação de várias empresas de outros estados como Amazonas, foram outros pontos apresentados pelo senador como sendo questões que não estão dentro do que o PDT pretende apoiar.