O senador Telmário Mota (PDT) solicitou, nesta terça-feira, ao Senado, licença das atividades parlamentares por 120 dias. Conforme justificou, pediu o afastamento para poder visitar comunidades, pessoas, municípios, ou seja, seus eleitores e base em Roraima.
“Eu vou para o Estado [Roraima] fazer prestação de contas de tudo que fiz nesse período. Vou andar nas comunidades indígenas e nas vilas, nos assentamentos, nos municípios, voltar aos bairros para conversar com meus eleitores. É muito importante ouvir da sociedade as reclamações, problemas, sugestões e conhecer a realidade do povo in loco. Vamos fazer caminhadas, caravanas de debates e de fóruns comunitários, ouvir pessoas. Vamos discutir os rumos que damos ao estado de Roraima”, afirmou Mota para a Folha.
No lugar dele assumiu o empresário Thieres Pinto de Mesquita Filho, primeiro suplente de Telmário na chapa eleita em 2014 para o Senado. Thieres tomou posse em sessão plenária do Senado logo após o afastamento do senador. À Justiça Eleitoral, o suplente, de 54 anos, natural do Ceará e morando em Brasília, declarou ter patrimônio de R$ 3,1 milhões.
Telmário Mota não receberá pelo período em que estará longe do Parlamento. Ele retoma as suas atividades como senador da República em 13 de abril de 2017, mas adiantou que sairá novamente de licença no final do ano que vem. “É importante dar oportunidade aos suplentes. Quando vereador, fui eleito com dois companheiros, o Thieres Pinto e o Rudson Leite. Eles me ajudaram na minha campanha e, nesse segundo ano, eu dou a Thieres Pinto a oportunidade de assumir. Em 2017 será o Rudson leite”, destacou.
BALANÇO – Na sua última semana no Senado, Telmário fez um balanço de sua atuação parlamentar neste ano. Disse que apresentou 32 proposições legislativas, em áreas como educação, meio ambiente, direito indígena e do trabalho, direitos humanos, combate à corrupção e produção alternativa de energia.
Entre os projetos destacados, citou o projeto do novo Estatuto dos Povos Indígenas; o que torna mais rigorosa a pena para quem praticar injúria racial contra crianças e adolescentes; e o que aumenta a pena para quem induzir o eleitor a mudar a zona na qual está inscrito.
Ele destacou projetos relatados por ele, como o que estabeleceu normas gerais referentes à realização dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio de Janeiro; o que definiu o subsídio do defensor público-geral federal; o que trata da indenização sobre terras indígenas e remanescentes de quilombos; e o que estabelece a realização, pela Caixa Econômica Federal, de concursos especiais de loterias de números cuja renda líquida será destinada ao Município em estado de calamidade pública.