TSE adia julgamento da cassação do governador de Roraima

Item seria analisado na sessão da noite desta terça-feira (20). Suprema Corte eleitoral não informou o motivo

O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (Foto: Luiz Roberto/Secom/TSE)
O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (Foto: Luiz Roberto/Secom/TSE)

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cancelou o julgamento do recurso do governador Antonio Denarium (Progressistas) e do vice-governador Edilson Damião (Republicanos) contra a cassação por abuso de poder político e econômico nas eleições de 2022 previsto para a noite desta terça-feira (20). A Corte não informou o motivo na movimentação processual, tampouco anunciou uma nova data.

A chapa eleita com 163.167 votos em 2022 é acusada, em Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), pela Coligação Roraima Muito Melhor, da ex-prefeita Teresa Surita (MDB), rival dos governantes, dos seguintes crimes:

A Procuradoria-Geral Eleitoral sugere para o TSE rejeitar os recursos ao reconhecer a legalidade da decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RR) que determinou: a cassação de Denarium e Damião; a inelegibilidade apenas do governador até 2030; e a realização de novas eleições em Roraima.

Sessão anterior

A ministra Isabel Gallotti, do Tribunal Superior Eleitoral (Foto: Luiz Roberto/Secom/TSE)

O julgamento iniciou na terça-feira (13), em que a ministra Isabel Gallotti, fez a leitura do relatório sem proferir o voto. Ela leu, por exemplo, o argumento da defesa dos políticos de que a decisão do TRE-RR omitiu os votos de dois juízes eleitorais contrários a à pena máxima e em que defendem a legalidade dos atos de governo em ano eleitoral.

Na sessão, os advogados de defesa do governador e do vice-governador reforçaram os argumentos. Por outro lado, a defesa reiterou as acusações, ao destacar, por exemplo, que houve uma inundação de verbas públicas em ano eleitoral, “sem nenhum tipo de pudor”, para a reeleição de Denarium. Por acordo entre os ministros, o julgamento foi suspenso com a promessa da presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, continuar em outra data.