A direção nacional do União Brasil enviou, à Justiça Eleitoral, a ata da reunião híbrida que anulou parcialmente, por unanimidade, a convenção municipal da sigla e oficializou a deputada estadual Catarina Guerra como candidata única à Prefeitura de Boa Vista em 2024.
O documento, que é um dos primeiros passos para os partidos informarem seus candidatos nas eleições, revela que, na terça-feira (6), a comissão executiva nacional reconheceu que o evento realizado pelo diretório municipal, que havia confirmado o deputado federal Nicoletti como o candidato por 11 votos a seis, descumpriu diretrizes nacionais da sigla.
Uma delas foi a resolução que exige que, em cidades com mais de 200 mil eleitores e nas capitais, as candidaturas devem ter viabilidade mínima. A outra foi a decisão da executiva que reconheceu que Catarina Guerra cumpre esse requisito e se opôs ao nome de Nicoletti – ele defende a legalidade da convenção. O deputado, que teve direito de se defender, não participou da reunião.
No encontro, o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) foi quem propôs a anulação parcial da convenção municipal por conta do descumprimento das diretrizes e a substituição da candidatura de Nicoletti pela de Catarina em Boa Vista. A parlamentar participou da reunião e agradeceu o apoio dos presentes.
Além do presidente nacional do União Brasil, Antônio de Rueda, e de Alcolumbre, outros 26 votaram a favor de Catarina, incluindo o governador goiano Ronaldo Caiado, o senador Sérgio Moro, o deputado federal amazonense Pauderney Avelino, o ex-ministro Henrique Mandetta, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, e o ex-senador potiguar José Agripino Maia.
Com isso, Catarina deve liderar a coligação Uma Nova Boa Vista. Boa Para Todos, formada por União Brasil, Republicanos, PDT, Novo e PSD. Anunciado inicialmente na chapa de Nicoletti, o ex-deputado estadual Sargento Damosiel (PDT) foi mantido como candidato a vice-prefeito.