A votação para a escolha do presidente da Femarh ocorreu de forma secreta. Cascavel recebeu 14 votos contrários e 9 favoráveis a seu nome. O indicado à presidência do órgão foi o primeiro de uma série de nomes de presidentes de autarquias que devem ser analisados pelos parlamentares. Em conversa com a Folha, um dos políticos presentes explicou que a rejeição foi um recado ao Executivo.
“É preciso ampliar as conversas e melhorar a negociação para a formação de uma base aliada mais sólida na Assembleia”, disse.
Outro parlamentar informou que Cascavel teria durante a campanha eleitoral criticado com palavras de baixo calão alguns dos parlamentares. “Fomos muito criticados”, afirmou.
A rejeição de Cascavel para a Femarh ocorreu mesmo com o voto positivo da comissão julgadora feito em relatório.
“Ele demonstrou profundo conhecimento na área em que atua o que o habilitou a ocupar o cargo de presidente da Femarh. A comissão recomendou que aprovassem o nome de Airton Soligo, pois não contrariava dispositivos constitucionais e não tinha vícios que o impedissem de ocupar o cargo”, relatou.
O deputado Soldado Sampaio (PC do B) falou que era favorável a Cascavel e que chegou a conversar com ele.
“Ele sentou comigo e apresentou argumentos plausíveis para a eficiência de sua gestão. Então, defendo seu nome.”
Logo após a leitura do parecer da comissão, o líder do governo, deputado Coronel Chagas (PRTB), chegou a pedir o adiamento da discussão por meio de requerimento, no que não foi atendido. Votaram a favor do adiamento os deputados Renato Silva, Chico Mozart, Coronel Chagas, Gabriel Picanço, Éder Loirinho e Tayla Perez.
“O ex-deputado Airton Cascavel estava fazendo um excelente trabalho na Femarh e está em Brasília buscando liberação de recursos junto ao BNDES. Ele não conseguiu fazer o lobby de seu nome e de apresentar seu plano de metas. Queríamos o adiamento para que ele estivesse presente e pudesse conversar com os parlamentares antes da votação.”
Na ocasião do voto, o deputado Coronel Chagas (PRTB) chegou a sugerir que a votação fosse adiada tendo em vista que Cascavel está em Brasília tratando de assuntos da gestão estadual e por entender que ele ainda não havia conversado com os parlamentares após a primeira sabatina. O pedido foi avaliado em plenário, mas a maioria dos parlamentares o rejeitou e decidiu pela votação. (C.C.)