O ex-deputado estadual Jalser Renier prometeu recorrer da decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que o manteve inelegível até 2030. No ano passado, o ex-presidente da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) foi cassado após ser acusado de praticar omissão, ameaça a autoridades e obstrução das investigações do processo que apura o sequestro e a tortura do jornalista Romano dos Anjos.
“Eu vou reverter e ser candidato ainda!”, disse à Folha. Questionado sobre o cargo que pretende concorrer, ele respondeu: “Vamos primeiro reverter e decidir o que vamos concorrer”.
No julgamento realizado entre 21 e 27 de novembro, em plenário virtual, a Corte decidiu negar o recurso de Jalser Renier que questionava a decisão do ministro Gurgel de Faria de indeferir uma outra petição recursal do ex-deputado – a que ele tentava anular a decisão da ALE-RR.
Ao STJ, Jalser Renier alega que o processo de cassação foi revestido de ilegalidades, incluindo a edição do relatório que resultou na decisão dos deputados estaduais ter sido feito por um parlamentar sem partido à época – se referindo a Jorge Everton (hoje no União Brasil), seu arquirrival político. Além disso, Jalser alegou que a Comissão de Ética desrespeitou as normas internas da Assembleia.
O ex-deputado sempre negou envolvimento com o Caso Romano e pediu solução definitiva para o processo, no qual é réu na Justiça. Ele está em prisão domiciliar trocar cadeiradas com Jorge Everton em uma pizzaria.
Jalser Renier presidiu a ALE-RR por seis anos e foi deputado estadual por 28 anos.