As otites ou infecções de ouvido são uma das maiores causas de consulta ao otorrinolaringologista durante a infância. Isso ocorre devido à infecção que agride a orelha da criança, o que vem a provocar uma intensa dor. De acordo com o médico otorrinolaringologista Mauro Shimitz, a doença é mais popular entre as crianças porque elas possuem a orelha e o ouvido menores.
“A anatomia do ouvido e das vias aéreas são mais sensíveis em crianças pequenas, a doença pode ter várias causas, por exemplo, a infecção não bacteriana, como a alergia. Mas geralmente ocorre por infecções pela bactéria ou fungos na pele do canal auditivo”, explica o médico.
O especialista ressalta que nem sempre a otite é identificada rapidamente, caso não sejam tomadas as devidas providências, o problema pode se tornar recorrente, angustiando cada vez mais as crianças que podem perder a audição.
A otite externa aparece mais constantemente depois dos quatro anos de idade e envolve o ouvido externo e canal auditivo. O sintoma é conhecido por uma dor forte quando tocado ou puxado, já a otite média ocorre quando há uma infecção atrás do tímpano.
“Com a doença, é possível acumular fluído atrás do tímpano. Em alguns casos é necessário até uma cirurgia para remoção. Se houver o menor sinal de secreção no ouvido, que pode ser escura ou amarelada, procure ajuda de um otorrinolaringologista”, reforça o médico.
Entre os sintomas, o paciente pode apresentar dor, febre, perda da audição e otorreia, que é a presença de um líquido saindo do canal auditivo. A drenagem pode ser aquosa, com sangue, ou grossa e esbranquiçada, como pus.
Como forma de proteção à otite nas crianças, o ideal é manter as vias respiratórias sempre limpas, já que em grande parte dos casos, as infecções e inflamações nessa área causam a doença. No caso de ocorrência frequente, a criança deverá ser examinada pelo médico de forma a serem analisados os fatores que provocam a infecção.
Outros fatores que aumentam o risco de secreção no ouvido incluem:
• Resfriados e infecções das vias respiratórias superiores frequentes
• Exposição à fumaça de cigarro
• Falta de amamentação
• Crianças que ficam em creches e centros de cuidados infantis, uma vez que convivem com muitas outras crianças
• Uso de chupeta
• Falta de cuidado ao dar banho em crianças.