Na China, primeiro país a identificar casos da doença e a implementar o isolamento, os pedidos de separação impressionam. De acordo com o jornal chinês The Global Times, a cidade de Xiam registrou um número recorde de pedidos de divórcio durante as semanas de isolamento social no país. Atualmente, com a contenção da pandemia por lá e a volta à normalidade, os cartórios reabriram e já não há mais horários disponíveis para resolver questões de divórcio em várias das províncias do país.
De acordo com a psicóloga Maíne Ferreira, a situação pode se repetir no Brasil, já que os casais estão passando por um momento de stress e e abalo emocional.
Ela explica que todos os países afetados pela pandemia e que hoje em dia encontram-se de quarentena, sigam o padrão da sociedade chinesa e tenham um aumento considerável nos pedidos de divórcios.
“Muitos casais estão sobrecarregados durante o isolamento, principalmente os filhos que estão em idade escolar. Dados internacionais mostram que em outros países que já passaram durante o pico do coronavírus mostram que houve aumento de divórcios. Os casais começaram a se divorciar depois desse momento tão caótico” explicou.
Se o divórcio não envolver nenhum tipo de abuso – físico ou psicológico – a psicóloga aconselha que, mesmo separados, o ex-casal mantenha o diálogo e continue tentando conviver pacificamente até que a pior parte da pandemia passe
“Acredito que pelo fato de termos uma rotina muito distinta, os casais trabalham em ambientes diferentes se encontravam a noite, que era o horário de ser encontrar e ter a intimidade a dois. Com a mudança da rotina, os casais precisam se reinventar e passar mais tempo juntos, passar o dia com aquela pessoa em momentos de stress, muitas tarefas, e muitas vezes em Home Office com trabalho dobrado. A rotina está ficando mais pesada, ninguém está de férias” finaliza a especialista.