‘Meu marido pode infartar a qualquer hora’, lamenta esposa sobre TFD

A estudante Mirleide Sales Neves disse estar desesperada devido à falta de informações sobre o encaminhamento da cirurgia de ponte de safena do esposo Evaristo Marques de Mesquita, de 79 anos, solicitada há quase dois meses por meio do Tratamento Fora de Domicílio (TFD).

Ela contou que a última informação que recebeu do setor de marcação de TFD é que a cirurgia, não oferecida pelo Estado, pode ser feita no Paraná. Mirleide reforçou a urgência para que a operação do esposo, diagnosticado com miocardiopatia, desobstrua as artérias coronárias dele e, assim, devolva a qualidade de vida ao idoso.

“Hoje, durante a manhã inteira, liguei mais de 20 vezes para o TFD em busca de uma posição, mas não me atenderam”, reclamou ela, que detalha a gravidade do estado de saúde dele: “Ele está com todas as artérias do coração entupidas, uma com 95%, outra com 85%, outra com 70%, e o médico o proibiu de fazer esforço. Meu marido pode infartar a qualquer hora”.

Acamado, o idoso evita levantar do leito, sob o risco de passar mal. “Devido à idade e gravidade do caso, quanto mais tempo passa, maior é o risco pra ele. O médico falou que ele não pode nem se levantar da cama, esforço nenhum pra evitar de infartar”, relatou Mirleide.

Procurada, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) informou por meio da Coordenadoria Geral Regulação, Avaliação e Controle da Secretaria de Saúde que o Tratamento Fora de Domicílio do paciente Evaristo Marques de Mesquita, de 79 anos, foi agendado nesta segunda-feira, dia 02.

“Ressalta ainda que a solicitação do paciente foi registrada no dia 25 de março e o mesmo deve ser internado para procedimento cirúrgico no Hospital Norte Paraense, no dia 31 deste mês. Vale lembrar que o paciente é encaminhado para TFD quando há disponibilidade de vaga da unidade hospitalar que realiza o procedimento requerido pelo mesmo”, finalizou.